No âmbito da operação nacional da PSP “No Namoro Não Há Guerra”, a decorrer entre 15 e 23 de fevereiro, a PSP de Coimbra realiza um conjunto de ações de sensibilização e informação sobre a violência no namoro, em várias escolas de Coimbra e Figueira da Foz.
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O NDC acompanhou, na manhã desta quinta-feira, a iniciativa na Escola Básica e Secundária Quinta das Flores, em Coimbra.
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A operação é dinamizada por polícias afetos ao Programa Escola Segura e “tem como objetivo promover ações de sensibilização dirigidas a jovens do 3º ciclo do ensino básico e do ensino secundário sobre a temática da violência doméstica e no namoro.
“É um tema muito importante e não podemos deixar esquecer e relembrar os nossos jovens sobre esta temática”, sublinha a subcomissária Margarida Pereira, sublinhando que um dos objetivos da ação é ” alertar para a prevenção da violência e para a importância da denúncia desses crimes”.
A polícia defende a necessidade de intervenção precoce e especializada nestes casos de violência, apelando às vítimas e às pessoas que lhes são mais próximas que estejam atentas a sinais e que apresentem queixa.
Segundo esta força de segurança, tem aumentado a predisposição das vítimas e de testemunhas para denunciar este tipo de criminalidade. E foi esse o apelo deixado aos alunos desta escola que assistiram à ação.
Nos últimos cinco anos foram registadas 9.923 denúncias de violência no namoro, das quais 1.363 em 2023.
Das 1.363 denúncias recebidas no ano passado, 916 referiam-se a relações de namoro em curso, enquanto 447 diziam respeito a situações de violência entre ex-namorados.
Das vítimas identificadas, 78% é do sexo feminino (1.063). Destas, 55% encontram-se na faixa etária entre os 25 e os 44 anos, 28% tem menos de 25 anos e 17% tem mais de 45 anos.
Em 2019, a PSP tinha registado 2.185 queixas de violência entre namorados, em 2020 foram 2.051, em 2021 recebeu 2.215 e em 2022 assinalou 2.109 queixas.
Os números foram avançados pelo agente António Firmo, do programa Escola Segura, que falava para os estudantes, referindo que “injuriar, ameaçar, ofender, agredir, humilhar, perseguir ou devassar a intimidade são formas dessa violência”.O PSP realçou também que a violência no namoro pode “ser física, psicológica, social, sexual e económica, não sendo aceitável que o parceiro queira controlar aquilo que o outro veste ou com quem se relaciona, nomeadamente o círculo de amigos, e com quem socializa nas redes sociais”.
Ao longo da apresentação foram visionados vídeos que alertavam para estas situações.
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