Política

Bloco de Esquerda defende acesso universal a assistentes sociais para pessoas com deficiência

Notícias de Coimbra com Lusa | 11 meses atrás em 03-02-2024

A coordenadora do Bloco de Esquerda defendeu hoje a universalização do acesso a assistentes pessoais, um apoio que considera determinante para que as pessoas com deficiência possam ter uma vida independente.

“Portugal tem uma enorme incapacidade em responder a pessoas que precisam de cuidados. É preciso mudar o paradigma. A resposta não pode ficar apenas nos lares ou instituições onde a pessoas tem de viver. Cabe ao Estado assegurar que a vida possa ser vivida de forma independente”, disse Mariana Mortágua.

A coordenadora do BE assistiu hoje a um treino de Bocia na escola desenvolvida pela Associação de Paralisia Cerebral Almada Seixal tendo defendido, em declarações aos jornalistas, que é preciso maior investimento do Estado para que estas pessoas possam ter uma vida independente, nela incluindo a prática de desporto.

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“Estamos aqui para relembrar que apoiar as pessoas com deficiência significa respeitar a sua autonomia e para isso tem de haver verba para assistentes pessoais. Assistentes pessoais permitem que pessoas possam ter uma vida autónoma”, disse, adiantando que quando se fala em desporto adaptado é necessário também assegurar todas as necessidades que o permitem, como a sua deslocação para os locais.

Segundo Diana Santos, candidata do Bloco de Esquerda pelo círculo eleitoral de Setúbal, o projeto-piloto de assistentes pessoais abrange atualmente mil pessoas, tendo o governo proposto o seu alargamento para três mil pessoas, contudo, o BE defende a sua universalização abrangendo todas as pessoas com mais de 60 por cento de incapacidade.

“O que sabemos e a experiência nos diz de outros países da Europa e do mundo é que qualquer pessoa com assistência pessoal pode viver a vida como quer. Em Portugal temos uma assistência pessoal com horário reduzido continuando a delegar nas famílias a responsabilidade de colmatar as horas que a assistente não assegura por falta de verba”, disse.

Referindo-se à escola de Boccia a funcionar no concelho do Seixal, a líder do BE adiantou que é em parte por apoio autárquico que é possível ter mais ajuda ao desporto adaptado existindo “enormes diferenças regionais no país”.

Por essa razão defende que é o Estado que tem de assumir esta responsabilidade de politicas de inclusão para as pessoas com deficiência.

“Estivemos aqui hoje a visitar um centro importante que permite a prática de desporto adaptado. Estivemos a falar com dezenas de atletas que praticam boccia todos os dias, é importante que o país conheça as melhores práticas mas que sejam universais e se compreenda o que impede tanta gente de poder aceder a pratica desportiva”, salientou.

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