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Agricultores dormem ao relento no centro de Coimbra (a ter pesadelos com a ministra)
Os agricultores do Baixo Mondego estão a lançar esta sexta-feira, 2 de fevereiro, o caos em Coimbra. Chegaram na tarde desta quinta-feira e pernoitaram no centro da cidade, mantendo os protestos ao longo do dia de hoje com novas formas de protesto: buzinões e marcha lenta na zona da Casa do Sal.
“Só saímos daqui quando tivermos uma resposta às nossas reivindicações”, adiantou ao Notícias de Coimbra Carlos Plácido, um dos dinamizadores desta manifestação.
Este agricultor sublinha que estão a ponderar estender o estacionamento das máquinas agrícolas a outras artérias da cidade, para já buzinões de hora a hora e marcha lenta na zona da Casa do Sal.
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O produtor de milho, batata e carne salienta que entregaram um caderno reivindicativo na Direção-Geral de Agricultura e Pescas, mas ainda não receberam resposta.
A circulação na Avenida Fernão de Magalhães está cortada entre a rotunda da rodoviária e a rotunda da Cindazunda nos dois sentidos, sendo apenas possível a circulação para veículos de emergência e de socorro.
Os agricultores pernoitaram no local, muitos deles dormiram nas cabines dos tratores, outros montaram tendas. As fogueiras ao longo da avenida serviram para se aquecer ao longo da noite e madrugada.
Um dos primeiros agricultores a sair esta manhã, cerca das 8:00, em marcha lenta, foi Duarte Louro.
Este jovem produtor de milho no concelho de Montemor-o-Velho teme pelo futuro.
O estudante de engenharia pecuária na Escola Agrária de Coimbra de 19 anos afiança que a luta é para continuar: “queremos respostas”.
Pelas 9:00 o caos estava instalado nesta zona da cidade com várias filas. Muitos automobilistas foram apanhados por esta “invasão”.
O primeiro buzinão dos agricultores da zona do Baixo Mondego que “invadiram” a cidade ouviu-se às 8:00.
Os agricultores reclamam o direito à alimentação adequada, condições justas e a valorização da atividade.
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