Opinião
O dinheiro ou a honra?
No futuro a intensidade dos sentidos será assustadora, e seremos dominados pelas máquinas que o homem inventou. Nessa altura cometeremos os primeiros erros sem punições, criaremos acordes distintos e apreciaremos sem julgamento. Seremos nós na pele do futuro, a carregar um quinhão de passagens épicas, de uma vida que conheceu a abundância.
A decência e a honra serão banidas do vocabulário, e todos compreenderão a linguagem simbólica da ordem. Tudo em nome do progresso.
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Mas, até lá, seremos “escravos” dos nossos desejos incorruptíveis. A grande maioria, os antagonistas da História, aqueles que obedecem e são os primeiros a morrerem na guerra, serão esquecidos. Enquanto não houver futuro, tudo será uma ameaça inclusive o estigma da morte, e tudo o que é humano sentirá o abismo.
A vaidade move o homem, não o amor. O amor não tem poder nenhum, quando o que está em jogo é o poder. Onde estão os bons políticos? Já morreram?
Os atuais são fantoches de si mesmos. Aprendemos pouco com a História, mas repetimos os erros por vaidade, num mundo de egocêntricos.
Quero acreditar que a Terra sobreviverá ao futuro, apesar das mazelas. A evolução gerou pessoas que vivem fora da realidade. Mesmo assim, todos têm o direito de ir e vir, e usar a liberdade de expressão – desde que ela não fira os direitos individuais e a democracia.
De acordo com o manual da civilidade, a boa educação vem do berço, embora, todos tenham sangue vermelho. Em algum lugar do mundo, possivelmente, haverá quem tenha sangue azul.
A fatalidade é e não é “olho por olho, dente por dente”. A sociedade não é ausência de moral, mas, a afirmação do Direito onde cada um sabe que não está só.
O que “vale” mais? O dinheiro ou a honra?
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