Opinião
O Maló que me desiludiu
Confesso que me desiludiu a recente incoerência de António Maló de Abreu, que rasgou as vestes a negar cumplicidade com o Chega e se tornou, depois, um dos cabeças de lista do partido.
Há duas semanas, escrevi, aqui, que guardava do deputado, em ruptura com Luís Montenegro (PSD), a imagem de um idealista que, aparentemente, se desiludiu. Também escrevi, graças a mais de 40 anos de convivência, que o médico dentista me parecia ser um “social-democrata convicto”.
Neste contexto, resta-me subscrever palavras publicadas, esta terça-feira, no diário Público, pelo ex-dirigente nacional do PSD André Coelho Lima. Tal como ele, estranho a “contradição insanável” inerente à atitude de António Maló de Abreu, que “se associa ao partido criado por André Ventura e por aqueles que o apoiaram por não terem conseguido derrubar” a direcção partidária de Rui Rio, estrutura de que o médico dentista fazia parte. “Difícil de compreender”, resume André Coelho Lima.
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Reconheço ao Maló o direito a optar. Mas esperava que se tivesse poupado ao espalhafato com que se queixou dos salpicos de fezes na ventoinha.
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