Política
AD diz que votar PS é como comprar bilhete para o Titanic
O presidente do CDS-PP considerou hoje que votar no PS nas próximas eleições legislativas é como comprar um bilhete para embarcar no Titanic, porque se sabe que “vai afundar”.
“Votar neste PS é mais ou menos como comprar um bilhete para viajar no Titanic [navio que afundou no início do século XX], mas sabendo-se que vai afundar”, afirmou, considerado que “as pessoas estão avisadas”.
Nuno Melo falava na “Convenção por Portugal”, iniciativa da coligação Aliança Democrática (AD), coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM nas próximas eleições legislativas, onde foi aplaudido de pé.
Melo considerou que a melhor avaliação do Governo foi feita pelo secretário-geral do PS e antigo ministro Pedro Nuno Santos, quando disse não querer “Portugal a arrastar os pés”.
“Portugal tem de deixar de arrastar os pés, mas foi António Costa, Pedro Nuno Santos e o PS que mantiveram Portugal a arrastar os pés durante oito anos. Seguramente que quem manteve Portugal a arrastar os pés, não vai ser capaz de nos pôr a correr e a saltar obstáculos”, criticou.
Apontando que “o PS não se define pelo que promete agora a dois meses de eleições, mas pelo que fez durante oito anos”, o presidente do CDS-PP defendeu que “é pelos oito anos que o PS não merece vencer eleições”.
Os “eleitores não podem avaliar a propaganda, mas a essência”, justificou, apontando que com os socialistas bateram-se “os recordes de todos os impostos sobre o trabalho, as empresas e sobre o consumo”.
Nuno Melo falou numa “extorsão tributária” e considerou que a “classe média está vergastada e reduzida nos seus rendimentos”.
Apontando que o PS “vive com uma mão metida nos bolsos dos outros e um lápis azul na outra a dizer às pessoas o que podem e não podem fazer”, o eurodeputado declarou que, com Pedro Nuno Santos, os portugueses vão “pagar impostos mais altos” quando comem, bebem, fumam ou conduzem e “vai ser até à campa”.
O presidente do CDS-PP salientou que a AD “vai devolver a eficácia e humanismo ao SNS, vai devolver exigência à educação, vai devolver rendimentos às famílias e empresas”, vai “ter respostas para a pobreza”, vai “executar com competência fundos comunitários” e “tomar medidas para que se possa ser jovem” e ficar em Portugal.
Nuno Melo terminou o seu discurso apresentando algumas medidas que vão constar no programa eleitoral da AD e já eram conhecidas, como uma taxa máxima de IRS de 15% para jovens até aos 35 anos, que “ficarão isentos do pagamento de IMT na compra da primeira habitação”.
Outra medida passa por reduzir as taxas de IRS em todos os escalões, excetuando o último, e diminuir em dois pontos percentuais por ano o IRC até aos 15%.
“Estamos aqui a dar a cara para a AD porque sabemos e confiamos que Portugal connosco pode ser um país muitíssimo melhor, porque queremos dar esperança aos portugueses, crescimento à economia e credibilidade às instituições democráticas”, indicou.
Na sua intervenção, o líder do CDS-PP apontou também críticas aos líderes de BE e Chega e assinalou semelhanças nas propostas anunciadas pelos dois partidos.
“De comum, Mariana Mortágua e André Ventura têm a capacidade para levar Portugal à bancarrota tal e qual José Sócrates, só que mais rápido”, atirou.
A política “precisa de senso e lucidez” e apontou que “o delírio de promessas” mostra que a “vitória da AD é uma questão de interesse nacional, mais do que interesse do PSD e CDS”.
Nuno Melo deu como exemplos que “o BE propôs impostos sobre a banca para financiar encargos com a habitação”, um “imposto sobre o lucro das gasolineiras” ou “o aumento das pensões mínimas até ao salário mínimo nacional”, e o Chega “copiou a medida e subiu a parada”, mas sem “máquina de calcular”.
O líder centrista afirmou que são os contribuintes que vão acabar por pagar estas medidas e, no que toca às pensões, constitui um “rombo permanente nas finanças públicas todos os anos de perto de 14 mil milhões de euros”.
Segundo a organização, houve 1.400 inscrições, espalhadas entre o auditório onde cabem sentadas cerca de 600 pessoas e o átrio do Centro de Congressos, onde foram colocadas mais de 100 cadeiras em frente a um ecrã gigante onde são transmitidos os discursos.
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