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Viaturas sem segurança e teto a cair “para cima das camas” nos Bombeiros de Montemor-o-Velho

António Alves | 11 meses atrás em 15-01-2024

Um grupo de elementos do Quadro Ativo dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Velho denunciou, através de mail, a “degradação das infraestruturas, viaturas e Equipamentos de Proteção Individual (EPI)” da corporação. Direção lamenta que este grupo minoritário aproveite para “denegrir a instituição com 92 anos” depois do investimento que tem vindo a ser feito nos últimos anos.

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Na mensagem de correio eletrónico enviada para o Notícias de Coimbra, é chamada a atenção para o estado “em que os operacionais operam e realizam o seu dia-a-dia na corporação como, por exemplo, no turno da noite terem de pernoitar numa camarata em que o teto se encontra cheio de humidade e a degradar-se, sendo que o teto está a decompor-se (estando a cair para cima das camas)”.

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A lista de problemas engloba o “fardamento desgastado, roto e sem qualquer tipo de condições de segurança, pessoal, para atuarem em ocorrências sendo que ficam vulneráveis a lesões tais como queimaduras e cortes”.

Ao mesmo tempo, lembram a falta de condições de segurança e de conforto de algumas das viaturas. Uma delas, recordam, “um facto ocorrido há algum tempo, em 2018, (em que) uma equipa de cinco operacionais foi solicitada para ir até Monchique (com outras equipas da Zona Centro) para ajudar no combate a um incêndio que ali deflagrou”.

“Nesta situação, a viagem demorou 8 a 9 horas sendo que o veículo não apresenta condições de segurança e de conforto para realizar uma viagem destas dimensões”, frisam.

Carregue na galeria e conheça alguns dos problemas reportados pelo Corpo Ativo

De acordo com os signatários desta mensagem, os problemas já foram reportados por “mail, diálogo pessoal e tentativas de reuniões” ao Comando e à Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Velho, mas não conseguiram “realizar nem obter qualquer atenção por parte deles”.

“Por outro lado, foram apresentadas soluções para resolver alguns problemas. No entanto, quando essas mesmas soluções são divulgadas quem de direito discorda e encontra mais problemas na solução, deixando tudo na mesma”, frisam.

Desta forma solicitam através da mensagem de correio elétrónico “a melhoria das instalações, ser ouvidos por parte do comando/direção (algo que não acontece), facultar boas condições de trabalho, mostrar que o Equipamento de Proteção Individual (EPI) não está nas devidas condições e há necessidade de renovar os mesmos e a necessidade da aquisição de uma nova Veículo de Combate a Incêndios Florestais (visto que as que existem são antigas e não apresentam segurança para o desempenho da mesma em Teatros de Operações)”.

Contactado pelo Notícias de Coimbra, o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Velho, Nuno Rasteiro, lamentou que um grupo minoritário de elementos da corporação esteja “a denegrir uma instituição com 92 anos” e “todo um comando e estrutura operacional ao nível da Proteção Civil”.

De acordo com o dirigente, já foram gastos nos últimos 5 anos mais de 300 mil euros na remodelação do quartel, bem como adquiridas algumas viaturas que permitiram renovar o parque automóvel da corporação. Nuno Rasteiro e o comandante da corporação Joaquim Carraco mostraram-se disponíveis para rebater “in loco” muitas das queixas apresentadas pelos contestários.

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