Portugal
António Costa adverte que Portugal precisa de ter empresas fortes na construção civil e obras públicas
O primeiro-ministro advertiu hoje que, apesar de ser “politicamente incorreto”, Portugal precisa de continuar a reforçar as empresas nacionais de construção civil e de obras públicas, sustentando que nenhum país se moderniza sem este setor.
Esta posição foi transmitida por António Costa na cerimónia de lançamento do concurso para a construção da primeira linha de alta velocidade ferroviária entre Lisboa e o Porto, que decorreu na sede das Infraestruturas de Portugal, no Pragal, em Almada, distrito de Setúbal.
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Quando o líder do executivo abordou este tema referente às empresas de obras públicas e de construção civil, um membro do seu Governo, mais concretamente um dos secretários de Estado presentes na sessão, procurou interrompê-lo, fazendo um sinal de advertência.
António Costa reagiu imediatamente: “Senhor secretário de Estado não me faça sinais”.
“Sei que é politicamente incorreto dizer, mas agora também cheguei a uma fase da vida em que posso dizer coisas politicamente incorretas”, declarou.
O primeiro-ministro começou por defender que o país tem empresas atualmente as condições de poderem concorrer e ganhar concursos para a construção de linhas de alta velocidade em Portugal.
“Não há nenhum país que se modernize sem um forte setor de construção civil e de obras públicas. É fundamental continuar a reforçar as nossas empresas de construção civil e de obras públicas: Aquelas que sobreviveram à tragédia da crise, aquelas que se têm vindo a afirmar e precisam de ganhar músculo para continuar a crescer”, salientou.
António Costa, neste ponto, fez questão de referir que, nos concursos internacionais que serão abertos, as empresas nacionais não terão privilégios de candidatura.
“É evidente que vivemos na União Europeia, o mercado é aberto, concorrencial e todos têm idênticas possibilidades de vencer, pelo menos é assim em Portugal, embora não seja assim em todos os países, mesmo em alguns dos que nos estão mais próximos”, declarou, numa alusão indireta a Espanha.
“Apesar de politicamente incorreta, a verdade é que são precisas empresas nacionais fortes para o desenvolvimento económico do país Portugal”, acrescentou.
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