Política
PSD viu discurso sobre “país que não existe” no Congresso do PS. Iniciativa Liberal e CDS apelam a mudança
Imagem: Facebook
O PSD acusou hoje o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, de fazer um discurso sobre um “país que não existe” e a IL e o CDS-PP mostraram-se convictos de uma viragem à direita nas eleições de março.
“Foram oito anos de uma enorme insensibilidade e de um país irrealista, e foi isso que assistimos neste discurso hoje de Pedro Nuno Santos. O discurso do PS é um discurso do país que não existe”, acusou o vice-presidente do PSD Miguel Pinto Luz, momentos após o encerramento do 24.º Congresso Nacional do PS, que terminou hoje na Feira Internacional de Lisboa (FIL).
Acompanhado do líder parlamentar Joaquim Miranda Sarmento, Miguel Pinto Luz defendeu que “lá fora os portugueses não se identificam com este país”, e considerou que o discurso de Pedro Nuno Santos, que foi ministro no governo de António Costa, constituiu-se como “a assunção de que oito anos falharam, e que é preciso fazer mais”.
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“Os portugueses serão chamados a escolher um novo governo e será seguramente um governo do PSD que liderará os destinos do país para um novo desenvolvimento económico e social”, considerou Pinto Luz.
Já sobre o TGV, o social-democrata considerou “curioso como é que o ministro das infraestruturas Pedro Nuno Santos teve oito anos para decidir, candidaturas falhadas em termos de candidaturas europeias do TGV, foi incapaz de decidir em nenhum destes dossiers essenciais, e socorre-se do PSD para tomar decisões”.
“Posso dizer que brevemente o PSD irá acudir o país e dar resposta aos portugueses que não tiveram nos últimos oito anos”, afirmou.
O líder parlamentar da Iniciativa Liberal (IL), Rodrigo Saraiva, considerou que em grande parte do discurso de Pedro Nuno Santos pareceu que o antigo governante “não tinha qualquer responsabilidade na situação do país”.
“Mas os portugueses sabem que Pedro Nuno Santos foi governante nos últimos oito anos e tem muita responsabilidade. E o mais importante desta intervenção final de Pedro Nuno Santos é o que não foi dito”, salientou o liberal, apontando que não foi abordada uma “verdadeira baixa fiscal” do IRS ou IRC, uma resposta ao estado atual do SNS ou uma palavra sobre Defesa e segurança no contexto internacional atual.
“É necessário fazer reformas sérias e o PS não faz porque é um partido imobilista. Dia 10 de março abre-se uma nova janela de oportunidade. Os portugueses têm que ter esperança que é preciso algo diferente”, apelou.
No dia em que vai ser assinado o acordo de coligação da Aliança Democrática (AD), entre PSD, CDS-PP e PPM, no Porto, o dirigente centrista José Manuel Rodrigues mostrou-se convicto de uma viragem à direita.
“Julgo que os portugueses fecharão este ciclo político e abrirão um outro em que terão uma aposta na AD, numa aliança que permita ter um projeto para o país, com mais ambição, com mais crescimento económico e com mais coesão social”, considerou.
Para o dirigente do CDS-PP, “é inacreditável que o PS queira fazer crer aos portugueses que não foi governo nos últimos oito anos e que Pedro Nuno Santos não foi ministro do governo de António Costa”.
O centrista acusou ainda o PS de ter entrado em confronto com o Presidente da República, “desacreditar as instituições democráticas”, e degradar os serviços públicos.
Pelo PAN, o dirigente Pedro Fidalgo Marques considerou que “ficou claro” que o partido “falta para colocar as causas ao centro”, ambicionando eleger um grupo parlamentar em março.
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