Política

 António Costa diz que Diabo não veio porque portugueses não devolveram poder à direita

Notícias de Coimbra | 11 meses atrás em 05-01-2024

O ex-secretário-geral do PS António Costa considerou hoje que “o diabo” não veio porque os portugueses “não devolveram o poder à direita” e culpou o Presidente da República por não se ter concretizado a regionalização.

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Num discurso na abertura do 24.º Congresso do PS, António Costa fez um balanço dos seus oito anos de governação para defender que os socialistas deixam um país com mais democracia, igualdade, liberdade, e em que se conseguiu provar “que era possível virar a página da austeridade e ter as contas certas”.

O também primeiro-ministro demissionário referiu que ter contas certas não é só ter “eliminado os cortes” da ‘troika’ e diminuído a dívida, mas tê-lo feito “descongelando carreiras, reduzindo o IRS, aumentando pensões, prestações sociais, salários na função pública”.

Costa referiu que o Governo conseguiu aumentar salários criando emprego, aumentando as exportações e o investimento nas empresas e, apesar de tudo isso, “o diabo não veio, não veio, não veio”.

“Eu vou-vos agora revelar um segredo, que é: por que é que o diabo não veio? O diabo não veio por uma razão muito simples. É que o diabo é a direita e os portugueses não devolveram o poder à direita”, disse, provocando um longo aplauso na plateia.

Neste discurso, o ex-secretário-geral do PS referiu ainda que o Governo avançou “até onde pode” na regionalização.

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“Sabemos que não tivemos parceiro para fazer a regionalização, sabemos que temos um Presidente que não nos deixava fazer a regionalização, mas levámos até onde o pudemos fazer”, disse.

O também primeiro-ministro abordou ainda a confirmação pelo parlamento, hoje, dos diplomas sobre ordens profissionais que tinham sido vetados pelo Presidente da República, para salientar que dão “liberdade de acesso às profissões reguladas” aos jovens portugueses.

Fazem com “que quem é licenciado em direito e queira ser advogado, possa ser advogado, que mais médicos possam ser médicos em Portugal. É essa liberdade que aumenta a igualdade de todos no acesso à profissão”, defendeu.

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