Crimes

Mensagem no Facebook “trama” Fernando Valente

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 11 meses atrás em 28-12-2023

Imagem: Redes sociais

Há provas que foram plantadas por Fernando Valente para baralhar a investigação. É pelo menos esta a convicção da investigação que detetou uma mensagem no Facebook, escrita, alegadamente, às três da manhã de dia 4 de outubro, por Mónica Silva, a mulher de 33 anos que está desaparecida na Murtosa.

“Não me ameaces mais”, teria escrito a mulher a um homem a quem deveria dinheiro, adianta o Correio da Manhã.

PUBLICIDADE

publicidade

A Polícia Judiciária acredita que a grávida, desaparecida há quase três meses, foi assassinada. “No primeiro interrogatório, a PJ defendeu que a tal mensagem seria mentira. A essa hora, Mónica poderia inclusivamente não estar viva e Fernando poderá ter planeado tudo para não deixar pistas”, pode ler-se.

O primeiro sinal de que o crime foi premeditado é que às 20:00 do dia 3 de outubro, Fernando desligou o seu telemóvel. Nunca o fazia, mas o mesmo aparelho só voltou a ser ligado no dia seguinte.

O segundo dispositivo de Fernando, que só era usado para Mónica, foi usado às 21:00. Terá sido quando chegou a casa da mulher e a levou até à Torreira.

Foram recolhidos vestígios de sangue no carro e na casa onde terá ocorrido o crime. Já se sabe que pelo menos que um dos vestígios não pertence a Mónica – mas é humano. Quanto aos restantes, os resultados não são ainda conhecidos.

A investigação espera ainda os resultados das localizações celulares pedidas aos telemóveis usados por familiares do suspeito.

PUBLICIDADE

publicidade

No dia seguinte de manhã, Fernando Valente estava em Vila Nova de Gaia e almoçou com a filha, mas o telemóvel de Mónica Silva terá dado sinal em Cuba, Alentejo. A localização celular já obtida indica que poderá ter sido no momento em que foi retirado o cartão SIM do telemóvel. Não foi feita qualquer chamada.

“Quando comecei a acompanhar o caso da Mónica pela televisão, fiquei sempre com a sensação de que tinha visto algo relacionado com este desaparecimento. Tanto pensei que acabei por recordar o que vi naquela madrugada. Não hesitei e fiz a participação à Polícia Judiciária de Aveiro”, acrescentou a mulher, que espera agora que o terreno junto à Ponte da Varela seja verificado pela investigação.

“A não verificação de que um dos vestígios de sangue era de Mónica – trata-se de sangue humano, mas não é da mulher que desapareceu” – atira a PJ para uma prova mais circunstancial, mas mesmo assim igualmente válida, escreve o jornal.

Filomena Silva, a tia da mulher desaparecida, vai ser esta quinta-feira, 28 de dezembro, ouvida na GNR por uma queixa por ameaças apresentada por Manuel Valente, pai do principal suspeito. O homem diz ter sido ameaçado de morte há uma semana. A mulher nega ter proferido tais ameaças.

Fernando Valente tentou limpar os registos das chamadas feitas para Mónica Silva a partir do seu aparelho telefónico. Fez buscas no computador para perceber como se fazia e toda essa informação foi recolhida pela investigação.

A prova de que Fernando comprou um segundo telemóvel foi encontrado na florista. Aí, as autoridades apreenderam os documentos de compra do aparelho que Fernando sempre negou ter.

Related Images:

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE