Coimbra
“Alta Velocidade é uma catástrofe para S. Martinho do Bispo e Ribeira de Frades”
O presidente da União de Freguesias de S. Martinho do Bispo e Ribeira de Frades, Jorge Veloso, considerou esta quarta-feira, 20 de dezembro, uma “catástrofe” para a sua freguesia o projeto previsto para a Alta Velocidade. “Não posso aceitar que o benefício para todos seja feito à custa do sofrimento de 63 famílias”, disse na Assembleia Municipal.
Na sua intervenção, o autarca lembrou a realização de duas sessões em cada um dos lugares onde marcaram presença mais de seis centenas de moradores. Uma das principais conclusões destas reuniões foi a criação de um grupo de trabalho que apresentou os seus contributos relativamente a este assunto.
Uma das propostas que apresentou foi o desvio do traçado para Norte, de forma a atravessar os Campos do Mondego, levando a que apenas fossem afetadas duas habitações. Por outro lado, e como referiu na sessão, o projeto prevê uma travessia em diagonal por cima do viaduto da autoestrada A1 na zona da Ribeira de Frades.
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“Não sei quem é que fez estes projetos, mas é importante que se diga que estes estão a ser implantados numa carta desatualizada de 2014”, afirmou, lembrando ainda que existem pessoas que vão ter um muro de 5 metros de altura à sua porta. Dessa forma, solicitou ao executivo para avançar com a criação do gabinete de apoio à população “onde os afetados se possam deslocar e obter a respetiva ajuda”.
Em resposta, o presidente da câmara José Manuel Silva reconheceu que a implementação de projetos em ambiente urbano, como é o caso da Alta Velocidade, representa sempre a penalização de algumas pessoas. Neste âmbito, o autarca disse que este é o momento em que se deve procurar a penalização do menor número de pessoas.
Sobre o traçado proposto, José Manuel Silva afirmou que a escolha pertence ao “governo socialista” e não à câmara de Coimbra, recordando que as implicações na redefinição do traçado terá consequências não conhecidas. “Vou acreditar que o atual Governo estudou os melhores traçados possíveis em termos do custo/benefício”, afirmou.
A possibilidade de ser um estigma a morada em Ribeira de Frades foi desvalorizada pelo autarca, considerando-a mesmo “uma riqueza, pois vive-se em bom ambiente mas com acessibilidade fácil a todo o país”. Relativamente ao Gabinete de Apoio, José Manuel Silva disse que ele já está a funcionar e “a receber pessoas na busca de respostas para a mitigação dos problemas”.
Veja o Direto Notícias de Coimbra com Jorge Veloso
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