Política

PCP diz que voto no PS “é uma ilusão” e que a vida dá “um passo atrás” com a direita 

Notícias de Coimbra | 12 meses atrás em 19-12-2023

O secretário-geral do PCP considerou hoje que o voto no PS nas próximas eleições “é uma ilusão”, independentemente do “esforço de limpeza de responsabilidades”, e defendeu que, com o reforço a direita, a vida dos portugueses dá “um passo atrás”.

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“O voto no PS é uma ilusão e, tal como se provou, daí não virá solução para as nossas vidas. Esta é que é a realidade, independentemente das promessas que agora voltam a surgir e independentemente do esforço de limpeza de responsabilidades que está em curso”, afirmou Paulo Raimundo, considerando que “quando o PS ganha força” os problemas “não só não se resolvem, como se agravam”.

O secretário-geral do PCP discursava numa iniciativa da Coligação Democrática Unitária (CDU), em Lisboa, coligação que junta PCP e PEV, com a qual os dois partidos têm concorrido às eleições e que vão manter para os atos eleitorais do próximo ano.

O líder comunista considerou também que “quando a direita ganha força, a vida de cada um dá um passo atrás”, sustentando que tal “se viu e sentiu com os anos da ‘troika’”.

“Estavam lá todos, atuais e anteriores dirigentes, uns que se mantêm no PSD e CDS e outros que se passaram para o Chega e IL, não para se redimirem da política, mas sim para intensificarem ainda mais essa política agressiva”, salientou.

O dirigente comunista afirmou que, “para lá de todas as manobras e rasteiras que aí estão e para lá da falsa bipolarização, o que está realmente em causa é o confronto entre os partidos que, com esta ou aquela diferença, garantem todos os interesses dos grupos económicos, e a CDU e o seu projeto ao serviço dos trabalhadores, das populações e do país”.

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A partir de um palanque azul onde se lia “Mais CDU, vida melhor”, Paulo Raimundo contrapôs que “quando o PCP e a CDU ganham força, a vida de cada um melhora e anda para a frente”.

“Então se assim é, o reforço da CDU é mesmo uma necessidade, é mesmo uma condição para a vida melhor a que todos temos direito”, salientou, manifestando confiança “para todas e cada uma das batalhas eleitorais” do próximo ano, nomadamente as eleições legislativas antecipadas de março, as regionais dos Açores e as europeias.

“Vamos a estas eleições para crescer, para ter mais votos, mais percentagem, mais eleitos da CDU, mais eleitos que tanta falta fazem. E isto não são palavras de circunstância desligadas da realidade e das verdadeiras possibilidades que temos para este crescimento, são afirmações claras de quem está no terreno, de quem sente que há cada vez mais gente a perceber o valor próprio e único da CDU”, salientou.

Paulo Raimundo defendeu igualmente que “a indignação e o protesto vão valer ainda mais com o voto na CDU, a força que rejeita e combate as injustiças, a força que não diz uma coisa hoje para depois fazer outra amanhã” e que apresenta “soluções para um Portugal com futuro”.

O comunista adiantou ainda que este evento foi o “pontapé de saída para um profundo, amplo e necessário movimento nacional de esclarecimento que está a ser implementado no terreno”.

Além do secretário-geral do PCP, esta iniciativa que se assemelhou a um comício contou também com intervenções da ex-deputada Mariana Silva, membro da comissão executiva do PEV, João Geraldes, presidente da Associação Intervenção Democrática, e ainda Deolinda Machado, coordenadora nacional da CDU.

Marcaram presença vários dirigentes dos dois partidos, entre os quais o ex-secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, a líder parlamentar, Paula Santos, o anterior líder parlamentar e cabeça de lista às eleições europeias, João Oliveira, João Ferreira, António Filipe e Bernardino Soares, e os antigos deputados do PEV Heloísa Apolónia e José Luís Ferreira.

Antes, Mariana Silva, antiga deputada do Partido Ecologista “Os Verdes”, defendeu que a maioria absoluta que o PS conquistou nas legislativas do ano passado constituiu “um grande problema na vida das pessoas”, e destacou que na altura da geringonça foi possível “conquistar medidas importantes”.

“O reforço da CDU e o regresso d’Os Verdes à Assembleia da República é a verdadeira solução para dar voz aos problemas dos portugueses e de quem escolheu viver em Portugal”, defendeu a dirigente, afirmando ser tempo de “retomar a voz ecologista” no parlamento.

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