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Dispositivo monitoriza “em tempo real” cancro do pâncreas
Investigadores do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) desenvolveram um dispositivo que, através da qualificação visual de biomarcadores, permite monitorizar “em tempo real” o cancro do pâncreas, foi hoje revelado.
Em comunicado, o ISEP esclarece que os investigadores do LabRise estão a criar “uma nova abordagem” para monitorizar o cancro.
A abordagem consiste “num arranjo simples de sensores fluorométricos, utilizando compostos fluorescentes para a qualificação visual de biomarcadores de cancro, em particular do cancro do pâncreas”.
Este método permite observar “em tempo real” a presença de biomarcadores, através de dispositivos portáteis de leitura direta, e pode ser integrado em dispositivos móveis, sendo que a câmara do telefone captura os resultados.
“A transdução de sinal por via colorimétrica em suporte sólido permite uma avaliação semiquantitativa, proporcionando uma representação visual da concentração do biomarcador”, refere.
Segundo o ISEP, as coordenadas de cor obtidas permitem calcular de forma semiquantitativa a concentração do biomarcador na amostra, traduzindo-se numa “ferramenta eficaz para monitorizar a evolução da doença e prevenir recidivas”.
Citada no comunicado, a investigadora Margarida Cerqueira, do LabRise, salienta que os sensores “foram concebidos para serem testados em soro, demonstrando a sua aplicabilidade em amostras complexas”.
“Além disso, esta tecnologia pode ser adaptada para outros biomarcadores, ampliando o seu potencial como uma ferramenta valiosa na monitorização contínua da evolução da doença”, acrescenta a investigadora do laboratório que visa o desenvolvimento, modificação e caracterização de nanomateriais com funcionalidades próprias e aplicação em contexto médico e industrial.
O cancro continua a ser uma das principais causas de mortalidade e morbilidade em todo o mundo, o que potencia a descoberta de métodos inovadores, não só para o diagnóstico, mas também para acompanhamento da evolução da doença.
Esta metodologia abre a possibilidade de uma gestão mais eficaz do cancro, salienta o instituto do Porto.
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