Crimes
Ator Nuno Lopes acusado de “drogar e violar” guionista
O ator português Nuno Lopes está a ser acusado de “drogar e violar”, em 2006, a guionista norte-americana A.M. Lukas, no Festival de Tribeca. Contactada nesta manhã, assessoria do ator diz que irá “entrar em contacto mais tarde”, refere o Jornal de Notícias (JN).
A guionista, atriz e realizadora processou Nuno Lopes, na segunda-feira, 20 de novembro, acusando-o de a “drogar e violar”.
Nuno Lopes já reagiu: “Sou moralmente e eticamente incapaz de cometer os atos de que me acusam. Jamais drogaria alguém e jamais me aproveitaria de uma pessoa incapacitada, quer por excesso de álcool ou por influência de quaisquer outras substâncias. Nem hoje nem há 17 anos”. Assim, negou formalmente a acusação de que está a ser alvo.
A ação judicial interposta no tribunal de Nova Iorque, na qual a norte-americana alega que, “recém-saída da faculdade, estava a participar na festa de estreia de uma amiga quando conheceu Nuno Lopes, ator que atualmente integra a série da Netflix White Lines, e que este lhe terá posteriormente alterado a bebida, que o corpo foi ficando estranhamente pesado e que ficou inconsciente, tendo sido levada para o apartamento dele. Na acusação, A.M Lukas refere que se recorda de acordar, de ter sido violada e de o ator ter chamado um táxi”, pode ler-se.
A.M Lukas detalha na acusação o alegado abuso. No processo, assevera que não consentiu a relação sexual e que, no dia seguinte, foi ao hospital fazer perícias e que apresentou queixa na polícia. Revela ainda que teve de tomar medicação anti-HIV e que lhe foi posteriormente diagnosticado stress pós-traumático e episódios de pensamentos suicidas, “tudo decorrente da violação de Mr. Lopes”, lê-se na acusação a que o JN teve acesso.
Encontraram-se num café no centro da cidade, no qual ela diz que lhe disse que acreditava ter sido drogada. “As pessoas fazem isso aqui na América? Eu nunca ouvi falar disso”, terá respondido o português. O ator ter-lhe-á descrito toda a noite e diz que ela lhe terá pedido para ter relações sexuais.
A realizadora alega que a presença de Nuno Lopes na série da Netflix funcionou como gatilho para recordar este evento traumático. “Vem agora requerer ao tribunal que aplique uma indemnização por danos patrimoniais e morais, incluindo a compensação por danos físicos e psicológicos causados”, “juros antecipados e pós-julgamento sobre todos os valores devidos” e outras custas que o tribunal considere adequadas, refere o JN.
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