Coimbra
Já pode apreciar o “famoso” Clio das Monumentais que “aterrou” num café em Coimbra
O “famoso” Renault Clio que desceu, a 1 de outubro, três lanços das Escadas Monumentais, em Coimbra, já está instalado no Café Moçambique, na Praça da República.
João Gouveia, do café Moçambique tinha divulgado no seu perfil do Facebook, a 28 de outubro, que o negócio “já é oficial!”. “O Café Moçambique é o feliz proprietário do famoso Clio das Monumentais, que dentro de dias estará cá em exposição e para usufruto de todos”.
João Gouveia referiu, na altura, que a viatura iria estar no café em breve. O automóvel foi adaptado para estar no interior das instalações. Contactado pelo Notícias de Coimbra referiu que em apenas poucos dias “já recebeu muitas visitas” por parte de muitos curiosos. “Seguiu as regras legais para estar no espaço de restauração” ficando “apenas a carroçaria” e teve “ainda ajuda de uma estudantina” para o colocar no interior do estabelecimento.
O Notícias de Coimbra falou com a agora ex-proprietária que conta a história em primeira pessoa. “Estava a sair do Sertanejinho” e “como estou a viver em Portugal há pouco tempo, não conheço nada por aqui. Coloquei o GPS e ele mandou-me virar e como parecia uma ladeira, eu fui”, fazendo referência que o GPS não tinha modo de peão.
“Voei os primeiros degraus e só consegui parar no terceiro lance. Graças a Deus não feri ninguém, poderia ter sido uma tragédia”, frisa.
Reconhece que “foi irresponsável por ter bebido”. A condutora assinala que leu “muitas mentiras sobre a taxa de álcool”. “Não foi taxa crime e não fui a tribunal. Também não fui para o hospital depois do acidente” sublinha.
Passado alguns dias, decidiu colocar o “carro à venda para recuperar algum dinheiro”. “Eu tinha feito muitas reparações nesse carro nestes últimos meses, e três dias antes tinha simplesmente pago mais de 550 euros”, comenta.
Agora, “podem conhecer o meu Clio do aço no café Moçambique, que faz parte do nosso património Nacional”, conta a condutora do “famoso” carro que desceu as Escadas Monumentais da Universidade de Coimbra.
Veja o vídeo:
Relembra que “serviu também de lição à Câmara Municipal de Coimbra que mandou lá colocar pinos uma semana depois do acidente”.
Preferiu não comentar o preço pelo qual foi vendido, apenas diz que “foi mais interessante do que vendê-lo a uma sucata”.
Refere que esteve no dia em que foi colocado no café. “Estive lá” e “daqui a um tempo vai ter festa de ‘inauguração’ e eu vou lá estar com todo o gosto”, afirma.
“O carro foi cortado ao meio” e sabe que foram precisas “14 pessoas para o fazerem entrar no café”.
Recorde-se que passadas cerca de duas semanas do insólito, a jovem de 27 anos publicou no OLX um anúncio em que dava conta que queria vender o veículo que ficou para a história na cidade por ter descido aquelas escadas que dão acesso à Universidade de Coimbra.
Na página online de classificados, “A Tal das Escadas” (como se intitulou na página de anúncios) referia que o preço pedido para “o mais famoso de Portugal” era de 400 euros, negociáveis. A rapariga informava que o carro sabia “voar e faz parte do nosso património Nacional”. Apesar do pára-choques ser “amovível”, aconselhou ao seu uso “para de facto proteger dos choques”. Se optarem por tirar, é certo que o carro ganhará “mais aerodinâmica”.
Foi ainda dito que os airbags são “reagentes quando se aterra no terceiro patamar” e que os travões estão “em bom estado, senão teria descido as escadas todas e fugido dos invejosos”. Aliás, reconheceu que a viatura, até à noite de 1 de outubro, tinha 4 pneus quase novos “antes de os da frente rebentarem”. “Os de trás estão à espera dum novo desafio”, sublinha.
Por último, a “bomba de água (foi) mudada 3 dias antes (do acidente) e isso é muito caro”. “Invista num carro resistente”, conclui.
E quem não ficou indiferente à situação foi o próprio presidente da autarquia conimbricense que reagiu, na altura, na página pessoal do Facebook: “Coimbra, a cidade onde tudo pode acontecer! ”. Um comentário polémico que não agradou muitos dos seus seguidores.
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