Justiça

Madrasta de Joana Amaral Dias suspeita de ter tentado envenenar o pai da psicóloga

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 1 ano atrás em 16-10-2023

A madrasta de Joana Amaral Dias é suspeita de ter tentado envenenar o pai da psicóloga, pois conhecia as possíveis consequências que a administração do medicamento em excesso podia provocar e “atuou com a intenção concretizada de molestar fisicamente o ofendido, nomeadamente de afetar-lhe de forma grave as capacidades físicas e intelectuais e bem assim a possibilidade de utilizar o corpo, os sentidos ou a linguagem”, segundo a Sábado, que acedeu à acusação do Ministério Público (MP).

Ao todo foram sete internamentos. Seis no hospital da CUF (entre 2017 e 2018). Da última vez, foram os bombeiros que socorreram Carlos Amaral Dias, que acabou por ser internado no Hospital dos Capuchos, onde uma análise levou à descoberta da intoxicação por benzodiazepinas (Alprazolam) no sangue em dose seis vezes superior à normal.

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Ficava em “estado letárgico e quase inanimado, um quadro confusional e de prostração, ficando, inclusive numa das situações com dificuldades respiratórias e não responsivo, com perda de consciência, durante 24h a 48h”, de acordo com o MP.

“Em duas ocasiões foi a filha que o socorreu, após o alerta da empregada. Susana Quintas terá começado a dar fármacos ao marido, sem o seu conhecimento ou consentimento, cinco anos após o casamento, em 1999”, revela.

Primeiro dava-lhe um remédio utilizado para a esquizofrenia “dissimulado na sopa”. O documento cita uma antiga empregada que garantiu que a companheira lhe entregou um frasco com a indicação que devia colocar “cinco gotas no café” , medicamento prescrito pelos médicos mas que “ele não podia saber”, adianta.

Mais tarde, mandou aumentar a dose para “8 a 10 gotas, o que a empregada se negou a fazer”. Foi aqui que alertou os filhos do patrão para o estado em que o homem ficava, sobretudo após o fim de semana, que coincidia com as suas folgas e também com a ausência da secretária pessoal do psicanalista e do seu motorista. “Na altura foi um choque. Não se pode drogar as pessoas às escondidas”, afirmou a comentadora da TVI no “Dois às Dez” à revista. “É ilegal e antiético”, reiterou.

Recorde-se que a filha do psicanalista colocou a madrasta em tribunal. “Ofensa à integridade física grave” é a acusação da antiga deputada.

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