Região
Detido outro elemento envolvido em homicídio “por ajuste de contas” na Figueira da Foz
O corpo de um homem foi encontrado, na tarde de 27 de agosto de 2022, num ribeiro junto ao Rio Pranto, na freguesia de Alqueidão, no concelho da Figueira da Foz.
O cadáver estava em avançado estado de decomposição, e não tinha consigo qualquer identificação, sendo provável que já estivesse naquele local há algum tempo.
O alerta foi dado às 16:35. Segundo o que o NDC apurou no local, na altura, o alerta foi dado por dois homens que estavam a pescar e viram um corpo a boiar.
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Veja o vídeo do direto do NDC:
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Em outubro, do mesmo ano, a PJ deteve quatro dos cinco suspeitos do crime. O Tribunal de Instrução Criminal de Coimbra determinou a prisão preventiva por matarem o homem, de 32 anos. A decisão foi determinada no primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas dos suspeitos. Tudo devido a um “ajuste de contas”.
Os detidos, com idades entre os 22 e os 64 anos, residem no concelho figueirense e tinham antecedentes criminais relacionados com tráfico de droga, mas também roubo com recurso a arma de fogo, sequestro e ofensa física agravada. “O que estará na origem dos crimes terá sido um desentendimento em negócios ilícitos”, afirmou na altura a PJ, esclarecendo que a vítima, também da Figueira da Foz, era consumidor e tinha também antecedentes de tráfico de droga.
A mesma fonte explica que os detidos terão recorrido “a muita violência, utilizando, além da força física – murros e pontapés -, objetos contundentes como paus”, acabando por provocar lesões fatais na cabeça da vítima. Posteriormente, “transportaram o corpo num carro para uma zona de terrenos agrícolas”, na fronteira entre os concelhos de Montemor-o-Velho e a Figueira da Foz, tendo deixado o corpo submerso num curso de água.
As buscas começaram e as autoridades encontraram a bicicleta da vítima em casa dos suspeitos que já teriam mudado a cor para passar de despercebida, assim como foram encontrados vestígios de sangue numa carrinha .
O quinto arguido, filho e irmão, está “acusado de omissão de auxílio e detenção de arma proibida”, descreve a mesma fonte. O Ministério Público (MP) menciona que o homem, de 41 anos, saberia do plano. Deslocou-se ao local das agressões, onde assistiu a tudo e voltou para casa sem anda fazer para a auxiliar a vítima. No momento em que decorriam as buscas, foi -lhe apreendida uma espingarda para a qual não tinha licença de uso.
O MP menciona que o arguido mais velho, de 64 anos, voltou ao local do crime para se certificar que o cadáver teria ido ao fundo.
Quatro dos cinco arguidos vão “ser julgados no Tribunal de Coimbra por homicídio qualificado e profanação de cadáver ou de lugar fúnebre”, escreve o Diário de Coimbra. O jornal consultou a acusação que descreve que o progenitor mais três filhos amararam o corpo da vítima “a um tijolo com cerca de 23 quilos e com uma corda de nylon à cintura” e “afundaram-no”.
Na quinta-feira, 12 de outubro, segundo através de um contacto com a Polícia Judiciária, o quinto arguido, da mesma família que os autores do homicídio, foi detido e irá ser presente, esta manhã, dia 13, ao Tribunal de Instrução Criminal Coimbra .
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