Crimes

Mata filho à facada por casa estar “desarrumada”

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 1 ano atrás em 04-10-2023

Uma mulher, de 52 anos, era maltratada pelo filho, de 20 anos, e perdeu a cabeça, no dia 20 de dezembro de 2022, acabando por o matar, na Moita.

A alegada homicida “já se tinha queixado às autoridades e aos vizinhos de ser maltratada pelo filho”, contudo naquele dia a “desarrumação da casa fê-la perder a cabeça e matou o filho à facada”, revela o Jornal de Notícias (JN) que refere que começa esta quarta-feira, 4 de outubro, no Tribunal de Almada, a ser julgada.

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O crime ocorreu na habitação que ambos partilhavam, desde que ele se mudara para ali, dois anos antes.

De acordo com o despacho de acusação, na noite do crime, chegou a casa e viu a habitação desarrumada. “A arguida começou a partir pratos na cozinha e junto ao quarto do seu filho, onde este se encontrava com a namorada”, refere o jornal. “Confrontada, a arguida disse que já estava farta de o aturar e que ele tinha que sair de casa”, lê-se na acusação a que o JN teve acesso.

O filho ameaçou chamar a polícia. A mulher dirige-se à cozinha onde recorre a uma faca e corre na direção da vítima. Já na sala de estar, “atingiu o filho com várias facadas no tronco e, quando este já estava inanimado, arrastou-o pelas pernas até ao corredor”, descreve.

Os vizinhos ouviram os gritos e acorreram à casa e pediram à mulher que parasse. “Pára, que ele já não está a resistir”, terá implorado uma vizinha, no entanto,  respondeu que ele estava a fingir e, pôs-se em cima do corpo, “esfaqueou-o novamente no pescoço, na face e no tronco”, escreve o JN.

“Ele ainda não morreu, merece morrer, vou matá-lo”, dizia a mãe, segundo a acusação em que o Ministério Público.

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A namorada, em choque, ainda foi em auxílio da vítima, mas a mãe virou-se para ela, de faca em punho, e fê-la fugir. Um vizinho conseguiu então intervir e tirar a arma, sendo que a homicida conseguiu escapar e ainda pontapear a cabeça da vítima. Mas acabaria por ser detida pela PSP.

A acusação descreve que a relação entre homicida e vítima era pautada por conflitos. O filho foi viver com a progenitora há dois anos, mas não trabalhava nem estudava e vivia a expensas da mãe.

A arguida chegou a apresentar queixa de violência doméstica contra o filho.

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