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Aumento dos custos da habitação estrangula famílias
A secretária-geral da CGTP considerou hoje ser “natural” a mobilização de milhares de pessoas, que se encontram “estranguladas” com os aumentos dos custos da habitação, defendendo que banca deve suportar as subidas das taxas de juros.
“É natural que se mobilizem milhares de pessoas, tal como se estão a mobilizar milhares de trabalhadores, de reformados e pensionistas porque não se aguenta o custo da habitação, em cima do aumento do custo de vida, que, com os salários baixos e baixas pensões, estrangula a vida das famílias”, defendeu Isabel Camarinha, em declarações à agência Lusa, durante a manifestação pelo direito à habitação e pela justiça climática, que decorreu em Lisboa.
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A central sindical reivindica assim o cumprimento do direito à habitação, a alteração das lei de forma a não haver despejos e que o valor das rendas tenha em conta os rendimentos dos trabalhadores e das suas famílias.
Para a Intersindical deve ser a banca a suportar as subidas das taxas de juro, que afetam as prestações das famílias com os créditos à habitação.
“Os cinco maiores bancos tiveram 10 milhões de euros de lucro por dia no primeiro semestre de 2023”, assinalou.
Assim, conforme apontou, é injustificável continuar a exigir que trabalhadores e as suas famílias suportem os aumentos das taxas de juros, decididos pelo Banco Central Europeu (BCE).
A líder da CGTP considerou ainda que o executivo de António Costa tem de olhar para a situação que o país está a atravessar, vincando que “a riqueza que é produzida é suficiente para garantir uma vida digna a todos, mas é preciso que ela seja distribuída de forma diferente”.
As plataformas Casa para Viver e ‘Their Time to Pay’ promoveram hoje um conjunto de manifestações pelo direito à habitação e pela justiça climática.
Os protestos começaram esta manhã no Barreiro, Beja, Évora, Portalegre e Tavira.
Da parte da tarde, além de Lisboa, decorreram manifestações no Porto, Aveiro, Braga, Coimbra, Covilhã, Guimarães, Lagos, Leiria, Portimão, Viseu, Samora Correia e Alcácer do Sal.
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