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Nono consistório do Papa em 10 anos de pontificado com quatro cardeais portugueses

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 29-09-2023

O consistório para a criação de novos cardeais, incluindo o futuro bispo de Setúbal, Américo Aguiar, no sábado, é o nono do pontificado de Francisco, que já nomeou outros três portugueses como cardeais.

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O primeiro consistório presidido por Francisco, eleito em março de 2013, ocorreu em fevereiro de 2014, seguindo-se outro, um ano depois, no qual foi elevado a cardeal o então patriarca de Lisboa, Manuel Clemente.

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Natural de Torres Vedras, Manuel Clemente, 75 anos, é doutorado em Teologia Histórica, foi bispo do Porto e depois patriarca de Lisboa (agora emérito). Em 2009, conquistou o Prémio Pessoa.

Novos consistórios realizaram-se em 2016, 2017 e 2018.

Foi em junho de 2018 que António Marto, à data bispo da Diocese de Leiria-Fátima, se tornou conselheiro do Papa.

Membro do Dicastério para a Causa dos Santos, António Marto, natural de Chaves, tem 76 anos. Foi aluno do Papa Bento XVI (1927-2022), que acolheu em 2010 no Santuário de Fátima, onde também recebeu Francisco, em 2017.

Fez o doutoramento em Teologia em Roma, foi bispo auxiliar de Braga e passou por Viseu antes de entrar na Diocese de Leiria-Fátima, em junho de 2006, onde agora é bispo emérito.

Em outubro de 2019, foi realizado outro consistório público para a criação de novos cardeais, tendo sido nomeado Tolentino Mendonça, à data arquivista e bibliotecário do Vaticano e agora prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação.

Tolentino Mendonça, natural da Madeira, tem 57 anos. É doutorado em Teologia Bíblica, antigo vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa e um nome considerado essencial da poesia portuguesa contemporânea.

Francisco presidiu a mais dois consistórios (novembro de 2020 e agosto de 2022) antes do do próximo sábado, no qual vão ser criados 21 cardeais, 18 dos quais eleitores de um futuro Papa.

Quando anunciou este consistório, em 09 de julho, o Papa, citado pela Vatican News, salientou que a proveniência dos novos cardeais “exprime a universalidade da Igreja, que continua a anunciar o amor misericordioso de Deus a todos os homens da terra”.

África do Sul, Argentina, Colômbia, Estados Unidos da América, França, Hong Kong, Malásia, Tanzânia ou Sudão do Sul são algumas das origens dos futuros cardeais.

Américo Aguiar, presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 e coordenador geral da organização da visita, em agosto último, do Papa Francisco a Portugal, é natural de Leça do Balio, Matosinhos.

Com 49 anos, o novo bispo da Diocese de Setúbal é licenciado em Teologia e mestre em Ciências da Comunicação.

Ordenado sacerdote em 2001 e integrado na Diocese do Porto, nesta desempenhou vários cargos, como pároco ou vigário-geral. Foi também diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Conferência Episcopal Portuguesa e presidente da Irmandade dos Clérigos, antes de ingressar na Diocese de Lisboa, onde foi, até agira, bispo auxiliar.

Com a criação de Américo Aguiar como cardeal, Portugal passa a ter quatro cardeais eleitores, incluindo Manuel Clemente, António Marto e Tolentino Mendonça.

Os cardeais Saraiva Martins e Monteiro de Castro, por terem ultrapassado os 80 anos, também integram o Colégio Cardinalício, mas não participam num futuro conclave.

Saraiva Martins, de 91 anos, é natural da Guarda. Em 1988, foi nomeado secretário da Congregação para a Educação Católica e, 10 anos depois, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos. Foi criado cardeal por João Paulo II (1920-2005).

Monteiro de Castro, de 85 anos, é natural de Guimarães. Foi penitenciário-mor da Santa Sé e somou uma vasta experiência diplomática ao serviço do Vaticano. Foi elevado a cardeal por Bento XVI.

A celebração de sábado, presidida pelo Papa Francisco, começa às 10:00 (menos uma hora em Lisboa), na praça de São Pedro, no Vaticano, seguindo-se as sessões de cumprimentos dos novos cardeais.

À tarde, às 16:30, na Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, Américo Aguiar celebra missa.

Já no dia 04 de outubro, às 09:00, festa litúrgica de São Francisco de Assis (o Papa escolheu o nome de Francisco para o pontificado inspirado neste santo), o líder da Igreja Católica preside, na Praça São Pedro, à missa com o Colégio Cardinalício, na abertura da Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.

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