Portugal
Doze pessoas foram atropeladas por dia em meio ano
Doze atropelamentos ocorreram por dia em média no primeiro semestre do ano, dos quais resultaram 32 mortos, mais cinco do que no mesmo período de 2022, indicou hoje a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
O relatório de sinistralidade a 24 horas (quando as vítimas morrem no local do acidente ou a caminho do hospital) e a fiscalização rodoviária referente ao primeiro semestre do ano refere que se registaram 2.190 atropelamentos, mais 9,9% do que em igual período do ano passado, quando ocorreram 1.992.
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“Em comparação com igual período de 2022, verifica-se uma subida de 9,9% nos acidentes por atropelamento, que resultou num crescimento de 18,5% nas respetivas vítimas mortais. Deste modo, o índice de gravidade aumentou de 1,36 em 2022 para 1,46 em 2023”, precisa o documento.
Segundo a ANSR, os feridos graves em consequência dos atropelamentos também aumentaram, passando de 132 no primeiro semestre de 2022 para 160 no mesmo período deste ano (mais 21,2%), o mesmo se passou com os feridos ligeiros, que totalizaram 2.179, mais 182 do que em igual período de 2022 (+9,1%).
Apesar do aumento dos atropelamentos, as colisões representaram, entre janeiro e junho, 53,1% do total de acidentes, 36,9% das vítimas mortais e 45,7% dos feridos graves.
A ANSR indica igualmente que os despistes, apesar de terem correspondido a apenas 33,5% do total de acidentes, concentraram a maior proporção de vítimas mortais (49,4% do total).
“Os acidentes por colisões e despistes aumentaram em relação a 2022 (+9,3% e +8,2%, respetivamente), bem como as vítimas mortais correspondentes (+8,9% e +11,7%). Assim, o índice de gravidade manteve-se nas colisões, com 0,99, e aumentou nos despistes de 2,03 em 2022 para 2,09 em 2023. Globalmente, este indicador aumentou 2,3%”, lê-se no documento.
A ANSR frisa ainda que as vítimas mortais entre janeiro e junho de 2023, comparativamente a igual período de 2022, aumentaram nos peões (+13,8%), de 29 em 2022 para 33 em iguais meses de 2023, e nos condutores (+24,3%), passando de 136 para 169, enquanto os passageiros vítimas mortais diminuíram 29,5%.
Em relação ao número de feridos graves, também se registaram subidas nos peões (+15,3%) e condutores (+10,7%), e, inversamente, redução nos passageiros (-22,7%).
De acordo com a ANSR, 158 peões sofreram ferimentos ligeiros, mais 21 do que em 2022, enquanto os feridos graves condutores totalizaram 169, mais 33.
A Segurança Rodoviária concluiu que 72,5% do total de vítimas mortais até junho deste ano eram condutores, tendo ainda correspondido 14,2% a peões e 13,3% a passageiros.
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