Portugal
De empregada de limpeza a euromilionária. Quem é a portuguesa Amélia de Jesus?
É assim que começa a história de Amélia de Jesus. De empregada de limpezas tornou-se euromilionária com o prémio recheado de 51 milhões de euros.
Começou por casar aos 16 anos e, infelizmente, ficou viúva aos 23. “Teve de criar os dois filhos sozinha e cedo foi para a Póvoa de Varzim, onde trabalhou nas limpezas”, conta ao Correio da Manhã. A mulher é natural de Marco de Canaveses.
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Nunca esquece as suas origens e recorda a vida difícil da mãe que era peixeira. Amélia conseguiu proporcionar uma vida de luxo à mãe que tanto tempo trabalhou. Nos últimos anos de vida transformou-a em “fidalga”. “Vestia-a e calcei-a. Dei-lhe tudo o que ela merecia”, recorda.
Amélia tem duas tatuagens: Um trevo para dar sorte e a letra A com uma estrela. “O nome da minha mãezinha começa com essa letra e a estrela é o que ela era, uma estrelinha. Mas depois pensei melhor e também dá para o pai dos meus filhos. Também o nome tinha um A e ele era igualmente uma estrela”, menciona.
A mulher casou com um empreiteiro, após ter ficado rica, chegando mesmo a dizer que foi ele quem registou o boletim “da sorte”, há cerca de 10 anos. Enfrentaram-se na Justiça, mas Amélia ficou com a maioria do prémio. Deu 16 milhões.
Amélia parece continuar a ser uma mulher de sorte. Continua a jogar e, recentemente, nas redes socais, mostrou um prémio de 600 euros. Mas tinha gasto 1.600 no mesmo boletim.
Quando casou, deu uma festa para a aldeia. Havia comida e bebida à discrição e Amélia convidou todos os que viessem por bem. Na altura, já adivinhava o futuro. Dizia que muitos andavam a rondar a sua casa para ela lhes dar dinheiro, mas que não o faria. “Trabalhem, como eu trabalhei”, afirmou.
Amélia é uma mulher excêntrica. “Tenho um Aston Martin e um Jaguar. Mas o meu preferido é o meu Porsche verde que agora está na oficina. Custou-me 400 mil euros”, descreve ao jornal. Queria comprar um Bugatti, igual ao de Cristiano Ronaldo. Não o fez, explica, porque como é muito pequena e não conseguia ver a estrada. “Não dava com uma almofada porque o banco não levanta. Só por isso é que não comprei”, comenta.
Agora, Amélia de Jesus comprou um caixão de 200 mil euros. Quer garantir que vai durar “milhões de anos” e que o seu corpo ficará na capela onde já estão os restos mortais da mãe e do primeiro marido. Diz ao Correio da Manhã que tem tudo preparado ao pormenor, para garantir que nada falhará no seu funeral. Sonha em viajar, conhecer o mundo, mas quer garantir que “vai ficar onde sempre quis”. “Ao pé da minha mãezinha, num caixão que veio da Amazónia. É feito em pau-santo e foi encomendado especialmente por mim. Não olhei aos custos”, explica, numa entrevista dada a um órgão de comunicação social, onde abre o coração. “Era mais feliz com tostões do que com milhões”, garante.
Já comprou um caixão idêntico para a mãe que agora repousa no cemitério de Ariz, onde vai todos os dias.
A euromilionária responde também a quem a ataca na freguesia. Dizem que está pobre, mas garante que tem muitas notas escondidas em casas velhas, bem longe da localidade. Está em tribunal com uma vizinha, por alegadamente, ter sido violentamente agredida, com dois paus de vassoura, e que teve de ser internada, há cerca de três meses. Assegura que não sabe porque lhe bateram. “Ou vai ela presa ou vou eu”, promete, explicando que desde a agressão perdeu mobilidade. “Pior ainda: ela foi pôr porcaria junto à capela onde está a minha mãe. Isso afetou-me muito psicologicamente, fiquei de cama e ando a comprimidos”, diz “lavada” em lágrimas.
O caso já seguiu para a Justiça. E não descansará enquanto a agressora não for responsabilizada.
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