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Quem são os 8 candidatos apurados para o primeiro debate Republicano dos EUA?

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 23-08-2023

O cenário está montado para o primeiro debate presidencial das primárias Republicanas norte-americanas, com o Comité Nacional do partido (CNR) a indicar que oito candidatos cumpriram os critérios para subir ao palco esta noite em Milwaukee.

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Para se qualificarem para o debate, os candidatos precisavam de satisfazer os requisitos das sondagens e dos doadores estabelecidos pelo CNR: pelo menos 1% das intenções de voto em três sondagens nacionais de referência ou uma mistura de sondagens nacionais e estaduais; um mínimo de 40.000 doadores – incluindo 200 em pelo menos 20 estados; compromisso de apoiar o candidato vencedor das primárias do partido.

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Eis uma lista dos candidatos apurados, dos que ficaram de fora e de quem decidiu não participar, como o ex-presidente e candidato líder nas sondagens, Donald Trump:

 

RON DESANTIS:

O governador do Estado da Florida há muito que é visto como o principal rival de Trump, alcançando um segundo lugar nas sondagens em Estados de votação antecipada e em sondagens nacionais, além de arrecadar quantias elevadas de donativos.

Mas a campanha de DeSantis tem lutado nas últimas semanas para corresponder às altas expectativas de quando entrou na corrida. O Republicano dispensou mais de um terço da sua equipa, uma vez que os registos federais mostraram que a sua campanha estava a gastar dinheiro de forma insustentável.

Com a ausência de Trump deste debate, DeSantis pode ser um dos principais alvos das críticas dos rivais, pelo que a sua equipa está a prepará-lo para ataques ininterruptos. Tem participado em sessões de perguntas e respostas relacionadas com debates pelo menos uma vez por semana, com o experiente estratego de debates Brett O’Donnell a apoiá-lo.

 

TIM SCOTT:

O senador da Carolina do Sul procura um momento de destaque e este primeiro debate pode ser a sua oportunidade, depois de iniciar o verão com 21 milhões de dólares (19,2 milhões de euros) de donativos angariados.

Descendente de escravos, segundo filho de uma mãe solteira e também ele solteiro, o senador da Carolina do Sul, de 57 anos, é um conservador negro de sucesso no cenário político norte-americano.

Trata-se do único Republicano negro a servir atualmente no Senado, onde afirma que os Estados Unidos não são um país racista, apesar de já ter sido barrado por cinco vezes por polícias do Capitólio, que duvidavam que fosse senador, contou.

“Ao contrário de alguns dos seus concorrentes à Presidência, Tim Scott não herdou uma grande fortuna nem um sobrenome proeminente. Em vez disso, cresceu na pobreza. No entanto, o senador conseguiu abrir o seu próprio negócio, construir um pequeno portfólio imobiliário, vencer eleições e ficar milionário – provando que o sonho americano ainda é possível, mesmo para um rapaz negro e pobre da Carolina do Sul”, escreveu a revista Forbes num perfil sobre o candidato.

 

NIKKI HALEY:

A única mulher na disputa pelo Partido Republicano conquistou estados de votação antecipada com eventos de campanha, recordando o período em que atuou como embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU – no Governo de Trump -, citando frequentemente a experiência internacional que esse cargo lhe conferiu.

A ameaça que a China representa para os Estados Unidos é usada com frequência nos seus discursos. Haley tem recebido elogios de organizações conservadoras, incluindo de um importante grupo antiaborto, que disse que a candidata é “dotada de uma forma única de se comunicar de uma forma pró-vida do ponto de vista da mulher”.

Entrando na corrida em fevereiro, Haley, ex-governadora da Carolina do Sul, arrecadou 15,6 milhões de dólares (14,4 milhões de euros).

 

VIVEK RAMASWAMY:

O empresário de biotecnologia indiano-americano de 38 anos tem conseguido cativar o público em vários eventos em que tem participado, apesar de não ser conhecido nacionalmente quando entrou na corrida.

Um aspeto fundamental da sua campanha reside na sua posição clara em relação à China, país vê como a principal ameaça aos Estados Unidos.

Enquanto prossegue um calendário de campanha intenso, Ramaswamy não fez praticamente nenhuma preparação formal para o debate, de acordo com um conselheiro sénior a quem foi concedido anonimato para discutir a estratégia de campanha.

 

CHRIS CRISTIE:

O ex-governador de Nova Jérsia inaugurou a sua campanha apresentando-se como o único candidato pronto para enfrentar Trump. Christie apelou ao ex-presidente para “aparecer nos debates e defender o seu historial”, chamando-o de “cobarde” se não o fizer.

No mês passado, Christie – que iniciou a sua campanha em junho – disse à CNN que ultrapassou “40.000 doadores únicos em apenas 35 dias”. Também alcançou os requisitos de votação.

Christie procura conquistar os Republicanos mais conservadores e espera conseguir emergir como um contraponto a Trump e a Ron DeSantis, num campo com muita concorrência.

 

DOUG BURGUM:

Doug Burgum, um rico ex-empresário do ramo de ‘software’ agora no seu segundo mandato como governador de Dakota do Norte, tem usado a sua fortuna para impulsionar a sua campanha.

Como governador, Burgum aprovou pelo menos oito projetos de lei anti-transgénero nos últimos meses, mais do que quase qualquer outro Estado, e assinou uma das proibições de aborto mais rigorosas do país.

 

MIKE PENCE:

O vice-presidente de Trump esteve em risco de não se qualificar para o primeiro debate, com dificuldades em atingir um número suficiente de donativos.

Contudo, em 08 de agosto, a campanha de Pence anunciou que havia ultrapassado o limite de 40.000 doadores e também que o ex-vice de Trump seria o primeiro candidato a enviar formalmente a sua contagem de donativos ao CNR para verificação.

Um conselheiro que falou sob condição de anonimato disse no início deste mês que Pence havia participado em várias de sessões formais de preparação para o debate, incluindo pelo menos uma em que um assessor de campanha anteriormente próximo de Trump simulou o papel do ex-presidente.

 

ASA HUTCHINSON:

O ex-governador do Arkansas por dois mandatos foi o último candidato a cumprir os requisitos do CNR, anunciando no domingo que finalmente ultrapassou 40.000 doadores.

Asa Hutchinson está a concorrer nos moldes de um Republicano da ‘velha guarda’ e diferenciou-se de muitos dos seus rivais do Partido Republicano na sua disposição para criticar Trump.

O ex-governador, no passado congressista e procurador, posiciona-se como pró-vida, pró-armas, pró-livre comércio, anti-dívida, anti-Vladimir Putin e anti-golpe.

 

QUEM DECIDIU NÃO PARTICIPAR:

 

DONALD TRUMP:

O atual favorito do Partido Republicano satisfez há muito tempo os requisitos de votação e doadores. Mas considera que não faz sentido sujeitar-se a debates – e ataque dos seus rivais – quando está destacadamente à frente nas sondagens.

O magnata também criticou repetidamente a Fox, anfitriã do evento no horário nobre, insistindo que é uma “rede hostil” que acredita que não o tratará com justiça.

Face à ausência nos debates, a alternativa é uma entrevista concorrente com o ex-apresentador da Fox News Tucker Carlson, que agora tem um programa no X, a plataforma anteriormente conhecida como Twitter.

 

 

QUEM NÃO SE APUROU:

 

FRANCIS SUAREZ:

O autarca de Miami disse à Associated Press na sexta-feira que se qualificou para o debate, mas o CNR discorda, considerando que não cumpriu os critérios.

 

LARRY ELDER:

O apresentador de rádio conservador afirmou na segunda-feira que atendeu os requisitos, compartilhando a carta enviada ao diretor do debate, David Bossie, e dizendo que planeava chegar a Milwaukee na tarde de terça-feira.

Após o CNR apontar que estava fora do debate, a campanha de Elder disse que planeava processar o partido “pela tentativa de última hora de mantê-lo fora do palco, mesmo depois de ele ter cumprido – e, em alguns casos, excedido – todos os requisitos”.

 

PERRY JOHNSON:

Johnson, um empresário rico, mas desconhecido, do Michigan, disse nas redes sociais no início deste mês que conseguiu 40.000 doadores. Na semana passada, disse que cumpriu outros critérios.

Na segunda-feira, publicou uma fotografia de uma alegada autorização para participar, mas na lista final não consta o nome de Johnson, que recorreu às redes sociais para dizer que “o processo de debate foi pura e simplesmente corrompido”.

 

WILL HURD:

O ex-congressista do Texas – o último candidato a entrar na disputa – disse repetidamente que não se comprometeria a apoiar o eventual candidato Republicano às presidenciais, um critério obrigatório e portanto auto-excluindo-se.

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