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Folknova assume-se como realização comunitária no concelho de Miranda do Corvo

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 22-08-2023

 O Folknova – Festival de Saltamontes, cuja 12.ª edição decorre em Vila Nova, Miranda do Corvo, de 01 a 03 de setembro, quer assumir-se como exemplo de organização comunitária envolvendo os moradores.

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“O Folknova mobiliza cerca de 50 pessoas da freguesia”, disse hoje à agência Lusa o diretor do Folknova, João Branco, realçando que os promotores concebem o festival como “um exemplo de organização comunitária” que valoriza “a matéria-prima de Vila Nova”.

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A música e outras expressões da cultura popular regressam àquela localidade no primeiro fim de semana de setembro, contando com a presença de artistas nacionais e estrangeiros e, no segundo dia, a “estreia absoluta” do Ricardo Grácio Trio, lançado recentemente por aquele multi-instrumentista da zona de Coimbra.

Ricardo Grácio integra a Brigada Victor Jara, banda nascida na Lousã, distrito de Coimbra, em 1975, no contexto das campanhas de dinamização cultural do Movimento das Forças Armadas (MFA) e que atua também em Vila Nova, no dia 03, um domingo, a encerrar o programa.

“O objetivo desta programação é oferecer mais do que música. A dança, mais uma vez, é uma componente muito importante do festival”, adiantou João Branco.

O programa inclui mais de 20 oficinas em diferentes áreas, designadamente as danças portuguesas e europeias, “viradas para a ecologia, a sustentabilidade ambiental, o relaxamento e o contacto com a natureza”.

“Com este festival de música folk, pretendemos recuperar o nosso património cultural”, reiterou.

A par dos concertos, teatro de marionetas e dança, é também realizada a série de sessões “Na casa com…”, com testemunhos de moradores de Vila Nova, em matérias tão diferentes como a gastronomia, a alfaiataria e a olaria, bem com outros ofícios e artes tradicionais.

“O nosso objetivo é proteger também o nosso património cultural imaterial”, sublinhou João Branco, destacando igualmente as oficinas para crianças, com que a organização pretende “dar condições às famílias para levarem também os mais novos”.

O Folknova foi fundado por José Godinho, antigo presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova, falecido em 2013, na esteira do movimento europeu que visava a “preservação da herança celta e do património galaico-português”.

Atualmente, o Folknova assume-se como festival de música, mas agrega outras vertentes da cultura popular, “muito ligado à valorização do património rural”.

O grupo francês Loubelya e o trio do acordeonista Nuno Carpinteiro, de Setúbal, o quarteto Cindazunda, de Coimbra, e o DJ de folk Catadiscos completam a lista na primeira noite do festival, no dia 01, naquela povoação da Serra da Lousã.

No segundo dia, o Set Raia, projeto instrumental liderado por Tó Zé Bexiga, e os franceses Man Encantada juntam-se em palco ao Ricardo Grácio Trio, aos galegos da banda Sigabailando, de Sérgio Cobos, e ao DJ Gaiteirinho.

A Brigada Victor Jara, de Coimbra, o Folky Balboa, do Porto, e o Balsol, de Setúbal, são os grupos que abrilhantam, no dia 03, o serão derradeiro do festival.

O 12.º Folknova é uma iniciativa conjunta do Centro de Animação Desportiva e Cultural (CADEC), Junta de Freguesia de Vila Nova e município de Miranda do Corvo, com apoio dos Baldios de Vila Nova.

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