Crimes
Acusadas de comprar bebé ficam em liberdade
Duas mulheres, um portuguesa e outra brasileira, de 34 e 38 anos, foram detidas, na quinta-feira, 17 de agosto, pela Polícia Judiciária por suspeita de tráfico de seres humanos, em Braga.
Hoje, dia 18, foram presentes ao Tribunal de Guimarães e ficaram em liberdade. “Ficam sujeitas a apresentações periódicas às autoridades, proibidas de contactar a bebé e a mãe da criança. A mulher brasileira terá também de entregar o passaporte”, adianta o Correio da Manhã.
O casal não conseguia ter filhos e, por isso, planearam um esquema onde se aproveitavam da gravidez de uma mulher que tinham acolhido em casa para, após o parto, registarem o bebé em nome delas.
Segundo a nota da PJ, as mulheres aproveitaram-se do facto da grávida não ser portuguesa, estar desempregada, não saber quem era o progenitor da criança e ainda ter grandes carências económicas para colocar o plano em prática.
“Acolheram-na, deram-lhe alimentação, pagaram as despesas relacionadas com a gravidez e proibiram-na de ir às consultas no Sistema Nacional de Saúde para que não houvesse qualquer registo do bebé na base de dados. O casal dava ainda uma pequena quantia mensal à grávida”, conta o jornal.
Um dos objetivos era que, “quando a mulher desse entrada no hospital para o nascimento da criança, fosse indocumentada para poder omitir a identidade e fornecer de imediato o nome das pessoas que futuramente seriam os pais do recém-nascido”, acrescenta.
“Após o nascimento, ocorrido em 19 de junho, num hospital do SNS, a mãe decidiu quebrar o acordo e ficar com a criança, tendo sido ameaçada e coagida pelo referido casal para manter o que tinha sido combinado”, pode ler-se no comunicado.
A portuguesa foi viver para a Alemanha e só foi detida ontem porque regressou a Portugal.
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