Tribunais

Dá golpe de milhares em Coimbra no ramo da administração de condomínios 

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 1 ano atrás em 16-08-2023

Uma empresária, de 72 anos, criou um plano em 2009 para se apropriar das verbas depositadas nas contas dos condomínios que administrava, em Coimbra.

Segundo a acusação do Ministério Público, citada pelo Correio da Manhã, a mulher durante cinco anos apropriou-se “de mais de 356 mil euros, que terá usado em seu benefício exclusivo”.

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“As quantias pertenciam aos moradores ou proprietários dos prédios, que procediam à transferência das verbas para pagamento de diversas despesas, nomeadamente relacionadas com a limpeza, contas de água e de luz, seguros, assim como a manutenção de elevadores ou para a realização de obras”, refere a notícia. Em causa estão verbas pertencentes a 25 condomínios.

Única titular das contas, a gerente da empresa de administração de condomínios movimentava-as da forma que pretendia. O despacho de acusação descreve que em algumas situações procedia ao levantamento do dinheiro “logo após as respetivas contas serem provisionadas” .

No início, “também transferia quantias de um condomínio para o outro para garantir pagamentos quando as contas não se encontravam provisionadas, de forma a evitar que os lesados se apercebessem”, escreve o jornal.

Contudo, deixou de pagar os seguros e as contas de água e de eletricidade, o que esteve na origem de diversos avisos de corte.

A situação foi detetada pelos lesados em 2014. Ao ser confrontada, deixou de estar contactável e desapareceu, acabando por ser localizada pela Polícia Judiciária do Centro. Um outro caso com contornos semelhantes, que envolve também um gestor de condomínios, que se apropriou de 88 mil euros, vai ser julgado no Tribunal de Coimbra.

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Ambos os casos foram alvo de outras queixas, para além daquelas que constam da acusação. Porém, não foram reunidos elementos suficientes que provassem que se apoderaram dessas quantias. Perante isso, o Ministério Público optou por determinar o arquivamento dos inquéritos. Nessas queixas estavam em causa valores superiores a dez mil euros, afirma o Correio da Manhã.

A empresária foi constituída arguida e prestou termo de identidade e residência, medida de coação que mantém. A arguida constituiu a empresa em 1997 e desde 2005 que passou a ser a sua única sócia-gerente. A sociedade tem sede em Coimbra e presta serviços de limpeza e conservação de imóveis.

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