Desporto

JES quer “despedir” empresa de segurança. Antes do final do contrato!

Notícias de Coimbra | 9 anos atrás em 22-07-2015

EXCLUSIVO NDC |

Quando o espectador chegar ao Estádio Municipal de Coimbra para assistir ao jogo particular entre a Académica e o Arouca pode ter à sua espera duas empresas de segurança privada.

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Na origem desta eventual ocorrência está o Presidente da Académica, que contratou uma entidade antes de ter denunciado, como manda a Lei, o contrato com a outra.

Notícias de Coimbra sabe que a AAC tem contrato até afinal deste ano de 2015 com a 3.6.5. – Segurança Privada, Lda, mas José Eduardo Simões  (JES) quer  denunciar o contrato antes dessa data,  sem ressarcir a empresa que tem sede no estádio.

O presidente da Académica manifestou essa intenção, verbalmente, numa reunião com Nuno Simões Dias e Miguel Guerreiro da Silva, dois dos responsáveis da 365, mas não formalizou esse desejo de colocar um ponto final  do contrato que só termina no final do ano, pelo que a empresa de segurança de Coimbra se prepara para se apresentar no seu local de trabalho durante o jogo marcado para as 17:oo desta quarta-feira.

Miguel Guerreiro da Silva, um dos responsáveis da 365, afirmou a NDC que apesar da reunião e de um mail enviado pela Académica, não receberam qualquer pedido oficial a propor a rescisão imediata do contrato, pelo que a 365 vai prestar os serviços que assegura no Estádio Cidade de Coimbra.

Acrescenta que estão disponíveis para negociarem os termos da cessação antecipada do contrato, mas a 365 não tem intenção de abdicar dos valores que lhe são devidos até final do ano, até porque tem compromissos com colaboradores contratados para a prestação dos serviços à Académica no Estádio Cidade de Coimbra e na Academia Dolce Vita.

Esta decisão de JES surge depois da 365 ter colocado um processo de injunção à Académica, onde exigia receber  49 120,81 €, montante relativo a serviços prestados no Estádio Municipal, que engloba a segurança do edifício e os jogos de futebol.

O valor total da divida  da AAC/OAF, SDUQ perante a 365 era (em março de 2015) mais elevado, pois, segundo fonte próxima da empresa de segurança, a sociedade  desportiva não tinha efectuado pagamentos no último ano, sendo os milhares de euros exigidos na Execução Ordinária (que entrou no Tribunal no dia 3 de março) relativos apenas a alguns meses de prestação de serviços.

Recordamos que, como Notícias de Coimbra informou em primeira mão, a 365 foi obrigada a recorrer à justiça devido à ausência de diálogo por parte do presidente José Eduardo Simões, que não se mostrou disponível para a elaboração de um plano de pagamentos com vista à resolução do problema.
Diálogo que só aceitou estabelecer, através de advogada,  quando confrontado  com a decisão do tribunal de penhorar as contas da instituição, que estiveram bloqueadas pelo menos durante dois dias (por ocasião do desafio com o Gil Vicente),  período em que as partes acordaram um plano de pagamentos.

A 365 confirma esta ocorrência e adianta que, num gesto de boa vontade para com a Académica, aceitou receber metade da divida de imediato e a outra metade em prestações mensais.

Notícias de Coimbra apurou que, entretanto, a Académica terá feito um acordo com a 2045- Empresa de Segurança, S.A, com sede em Venda do Pinheiro – Mafra, organização fundada pelos “comandos” Jaime Neves e Sousa Gonçalves. Abílio Rodrigues é o  actual Presidente do Conselho de Administração e o “super espião” Jorge Silva Carvalho foi recentemente empossado como seu CEO.
Como o clube não costuma responder aos nosso pedidos de informação, Notícias de Coimbra aguarda que a Académica nos contacte para prestar os esclarecimentos que entender.

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