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Será verdade que as meninas “gostam” mais dos pais e os meninos das mães?
A ideia de que as meninas gostam mais dos pais e os meninos das mães foi muito difundida. Alguns pais concordam e referem que essa preferência se verifica com eles, outros nem por isso.
Freud e a teoria psicanalítica falam do complexo de Édipo que, por volta dos 3 aos 5 anos é comum que surja uma atração pelo progenitor do sexo oposto e, consequentemente, uma espécie de disputa com o progenitor do mesmo sexo, pelo amor e atenção do progenitor do sexo oposto.
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Defendia que o complexo acontecia quando a criança começava a compreender que não é o centro do mundo, que o amor dos pais não se direciona unicamente para si e que os pais possuem uma relação entre si.
Como consequência, o menor exibe sentimentos de hostilidade dirigidos ao progenitor do mesmo sexo, ao mesmo tempo que ambiciona ser semelhante a esse progenitor de forma a conseguir todo o amor e atenção do progenitor do sexo oposto.
A ideia de que as meninas gostam mais dos pais e os meninos das mães é baseada no complexo de Édipo/Electra. “Acredita-se que uma criança se aproxima mais de um progenitor pela maior capacidade que este demonstra em compreender e satisfazer as suas necessidades, tendo em conta a sua faixa etária e fase de desenvolvimento. Quando os pais são capazes de descodificar, entender e satisfazer as necessidades da criança, esta sente-se segura, satisfeita e tranquila, levando a que se aproxime mais”, explica a psicóloga Ana Graça do Vida Ativa.
Esta ideia é bastante discutível, no entanto, há famílias onde de facto esta situação se verifica, devido à qualidade da relação e à afinidade que a criança desenvolve com um dos pais.
Se esta realidade acontece em sua casa, opte por deixar claro que a relação entre o casal não implica que a criança seja menos amada. Mais ainda, os pais não devem reforçar os sentimentos de hostilidade que possam existir dirigidos a um dos pais, nem manter uma relação de rivalidade entre si, lutando pelo afeto e atenção da criança, adverte.
Por fim, se nota que o seu filho manifesta fortes sentimentos de hostilidade para com um dos pais ou se tem uma ansiedade extrema perante situações em que estará separado de um dos progenitores, procure ajuda especializada.
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