Coimbra
Cartel: Fapricela condenada a pagar multa de milhões
A Fapricela, a cujo grupo pertence o diário As Beiras, não se conseguiu livrar de uma pesada multa imposta pela União Europeia.
O Tribunal Geral da União Europeia decidiu manter a coima aplicada pela Comissão Europeia (CE) no valor de 8 874 000.00 Euros.
O caso remonta a 2010, quando a CE sancionou a sociedade fundada por António Madeira Teixeira e um vasto conjunto de empresas que durante décadas combinaram o preço de venda do aço para pré esforçado.
Veja aqui o ACÓRDÃO do Tribunal Geral da UE (Sexta-Secção)
Em 2010, a Comissão Europeia aplicou uma coima total de 458 410 750 EUR a 17 produtores de aço para pré-esforço, por terem participado num cartel que esteve em funcionamento durante 18 anos, até 2002, e que abrangeu todos os Estados‑Membros então pertencentes à União Europeia, à excepção de três. A decisão estabelece que as companhias violaram as regras da União que proíbem os cartéis e as práticas que limitam a concorrência.
É surpreendente que um número tão significativo de empresas tenha cometido abusos em praticamente todo o mercado europeu da construção durante um período tão longo e relativamente a um produto tão fundamental. Era quase como se actuassem numa economia planificada», afirmou na altura Joaquín Almunia, Vice-Presidente da Comissão, responsável pela Concorrência.
A Fapricela – Indústria de Trefilaria, S.A., empresa de cariz familiar, fundada por António Teixeira 1977, iniciou a sua actividade vocacionada essencialmente para o fabrico de prego de construção. Com o decorrer dos anos e aliada à sua progressiva valorização foram sendo integrados na sua actividade novos produtos resultantes das mutáveis exigências do mercado: redes; arames; redes electrossoldadas; arame e cordão de aço para pré e pós-esforço de baixa relaxação e arames para molas.
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