A Feira Medieval de Coimbra está de regresso até este domingo, 23 de Julho, após três anos de interregno, numa edição que preenche o centro histórico da cidade.
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O evento tem o seu epicentro no Largo da Sé Velha, mas o Quebra Costas, o Arco de Almedina e a Rua do Norte também recebem aquela que é considerada uma das mais antigas feiras medievais do país.
A leitura do Edital de Abertura e Bênção do Abade teve lugar este sábado, 22 de julho, pelas 10:00, seguindo-se a abertura do mercado, com centenas de pessoas a concentrarem-se nesta zona para viajarem no tempo.
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Na Feira Medieval encontramos os queijos e enchidos da Mercearia Tradicional Quinta do Zorro. Elisabete Serra é a proprietária deste estabelecimento, que marca presença pela primeira vez no certame e convida os visitantes a degustarem os seus produtos.
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Junto à Sé Velha está Ester Andrade com várias peças em madeira e argila. Esta artesã de Nelas mostra, ainda, o seu trabalho ao vivo e “é um sucesso”.
A tecelagem, os produtos aromáticos, a bijuteria, ou os brinquedos medievais, são alguns dos artigos que encontra neste evento que se estende pela zona histórica de Coimbra.
Filipe Esteves, de Tomar, traz até ao Arco de Almedina as águias e os répteis, que fazem as delícias dos miúdos e graúdos:
As várias associações locais que participam no certame, com as suas tabernas e bancas, mostram o melhor da região e da gastronomia, onde não falta o porco no espeto.
Nesta viagem ao período medieval procura-se reproduzir o ambiente mercantil e a sociabilidade da época, promovendo-se, em simultâneo, a diversão e o lazer que a dinâmica de animação do evento oferece aos visitantes.
No campo da figuração e da animação, em particular, desempenha um papel importante a Companhia Almanach, ao nível da indumentária, de objetos, de acessórios e de instrumentos que revelam o espólio patrimonial e humano que a Companhia associa às suas recriações históricas.
Durante toda a Feira Medieval, está patente, no Armazém da Sé Velha (na Rua dos Coutinhos, uma exposição fotográfica, de entrada livre, em homenagem ao Mendigus Basilius, uma figura que se tornou uma referência nas várias edições das feiras medievais de Coimbra.
João Pedro Polónio é filho de Joaquim Vieira Basílio e recorda o seu pai que faleceu antes da pandemia.
Este domingo, dia 23 de julho, o evento tem início às 9:00, com uma arruada pelo Burgo e Auto de Abertura do Mercado. Duas horas depois (às 11:00) entra em cena um torneio de armas e treino dos homens de armas. Às 12:00 haverá uma demonstração de falcoaria e adestramento de cetraria e pelas 13:00 voltam a estar disponíveis ao público os comeres saborosos e beberes sequiosos. Um dos pontos altos do evento, o Cortejo Régio, acontece às 14:00, ao qual se seguirá (às 15:00), um concerto, na escadaria da Sé Velha, pelo Duo Arvales. Momento esperado às 16:00 é a nomeação, por D. João de Portugal, de D. Nuno Álvares Pereira como Condestável do Reino. Pelas 17:00 chegam ao recinto da Feira Medieval novas de Leiria e uma hora depois (às 18:00) recria-se o desacordo de D. João de Portugal com D. Nuno sobre os andamentos para a batalha que se avizinha. Às 18:30 será hora de dar agasalho aos peregrinos de Santiago de Compostela e, até que a noite caia, às 19:00, partem os homens de armas para a batalha.
A 28ª recriação da Feira Medieval de Coimbra é organizada pela autarquia, que conta com a parceria da Diocese de Coimbra, da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC) e dos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC). O evento conta, ainda, com o apoio da Junta de Freguesia dos Olivais e da Fundação INATEL.
O mote é “a crise dinástica de 1383/85, as razões que lhe assistem, as Cortes de Coimbra e a aclamação de D. João, Mestre de Avis, Regedor e Defensor do Reino, como Rei de Portugal, poucos meses antes da Batalha de Aljubarrota”.
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