Região

Reside em Cantanhede mas ia atear fogos a Montemor-o-Velho por ter “direito à herança do alegado pai”

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 13-07-2023

 A Polícia Judiciária (PJ) anunciou hoje ter detido um homem de 48 anos suspeito da prática, em contexto de vingança, de dois crimes de incêndio florestal, em maio último, no concelho de Montemor-o-Velho, distrito de Coimbra.

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Em comunicado, a PJ informa que, através da Diretoria do Centro e com a colaboração do Grupo de Trabalho para a Redução de Ignições em Espaço Rural do Centro, deteve na quarta-feira o suspeito, residente no concelho de Cantanhede, “pela presumível prática de dois crimes de incêndio florestal, ocorridos por volta das 14:00 dos dias 18 e 24 de maio”, em localidades do concelho de Montemor-o-Velho.

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“O suspeito, num contexto de vingança, com uso de chama direta (fósforos), ateou os incêndios num misto de zona urbana e florestal, com vasta mancha florestal com centenas de hectares de pinheiro-bravo e eucalipto, com continuidade vertical e horizontal, que teria proporções mais gravosas caso não tivesse havido uma rápida e decisiva intervenção dos meios de combate”, adianta o comunicado.

Segundo a PJ, a atuação do suspeito, que deverá ser presente hoje a primeiro interrogatório judicial, “colocou em perigo a integridade física e a vida de pessoas, habitações e a grande mancha florestal”.

Fonte da PJ disse à agência Lusa que o arguido agiu num quadro de vingança por entender que “tem direito à herança do alegado pai”.

“Há uns tempos, segundo informação não confirmada, foi condenado por ter vendido pinheiros e outras árvores como se fossem dele”, explicou esta fonte, referindo que os fogos foram ateados nas “propriedades que integram a tal herança”.

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