Política

Líder parlamentar do PS acusa Luís Montenegro de publicidade enganosa sobre pensões

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 27-06-2023

O líder parlamentar do PS acusou hoje o presidente do PSD de ter feito publicidade enganosa ao espalhar cartazes sobre cortes nas pensões, num discurso em que contrariou a tese de que o Governo socialista não reforma.

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Estas críticas de Eurico Brilhante Dias a Luís Montenegro foram proferidas na sessão de encerramento das Jornadas Parlamentares do PS, no Funchal, em que os deputados socialistas fizeram um minuto de silêncio em memória das vítimas dos incêndios em Pedrógão Grande há seis anos.

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No plano político, o presidente do Grupo Parlamentar do PS atacou o presidente do PSD por ter “espalhado cartazes pelo país dizendo que o PS iria fazer um corte nas pensões”.

“Hoje, a única coisa que podemos dizer a Luís Montenegro é que esses cartazes foram publicidade enganosa, quis enganar os portugueses. Os portugueses sabem quem cortou pensões e sabem quem era o líder parlamentar [do PSD} que não só aprovava esses cortes de pensões, mas que também achava que o país podia ser melhor quando os portugueses viviam pior”, declarou, numa nova alusão ao presidente social-democrata.

Em contraponto, o líder da bancada socialista procurou salientar a perspetiva de que as pensões serão aumentadas “outra vez em julho” e que “a base de aumento para 2024 será equivalente à aplicação da fórmula no início do ano”.

“Temos de afastar essa narrativa de que Portugal está melhor, mas, afinal, os resultados não chegam aos portugueses. Chegam sim, estão a chegar a cada um portugueses”, sustentou, em resposta a uma das criticas mais insistentes feitas por forças da oposição.

Para a próxima sessão legislativa, o presidente do Grupo Parlamentar do PS identificou como prioridades a valorização de rendimentos, a gestão dos recursos perante as alterações climáticas e a existência de reformas.

“Quiseram colar a ideia de que o PS não fazia reformas, que o PS é um partido de contexto. Enganam-se: A Agenda do Trabalho Digno ou a nova lei das ordens profissionais são reformas”, exemplificou.

“Aquilo que não fazemos é uma associação entre reformas e cortes nos rendimentos e nos serviços da administração pública”, completou.

Na sua intervenção, com cerca de 20 minutos, Eurico Brilhante Dias, ex-secretário de Estado para a Internacionalização, procurou ainda negar a tese da oposição de que o PS e o Governo não possuem uma visão de longo prazo, dando como exemplo dados relativos à captação de investimento direto estrangeiro.

“Estes números só são possíveis porque criámos condições de contexto para que esse investimento chegasse e tivesse um impacto positivo nos salários e nos impostos que suportam o nosso sistema de segurança social”, acrescentou.

 

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