Saúde
Primeiro dia de greve dos farmacêuticos do SNS registou uma adesão de 88%
O primeiro dia da greve dos farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) registou uma adesão de 88%, segundo dados do sindicato que considera os números um “êxito absoluto” para os objetivos da paralisação.
Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Farmacêuticos (SNF), citando o seu presidente, Henrique Reguengo, aponta um “êxito absoluto, na luta que o sindicato está a travar pela valorização da profissão e atualização salarial” com uma adesão à greve de 88% em todo o território nacional, havendo a expectativa de que “os outros dois dias de greve já marcados tenham idêntica adesão”.
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O SNF tem agendados mais dois de greve este mês, a 27 de junho nos distritos de Beja, Évora, Faro, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal Região autónoma dos Açores e Região Autónoma da Madeira, e a 29 de junho nos distritos de Bragança, Braga, Porto, Viana do Castelo, Vila Real, Aveiro, Castelo Branco, Guarda, Coimbra, Leira e Viseu.
“Para o SNF, no entanto e apesar da greve, os farmacêuticos estão disponíveis para continuar as negociações”, lê-se no comunicado, que afirma ser “urgente encontrar soluções que adequem o número de farmacêuticos no SNS às necessidades das atividades farmacêuticas, a valorização da profissão, atualização salarial, a regularização dos contratos precários.
O sindicato pede ainda “o reconhecimento dos títulos de especialista atribuídos pela Ordem dos Farmacêuticos e a regulamentação de um processo especial e transitório à residência farmacêutica, por parte dos que foram contratados após março de 2020”.
Os farmacêuticos do SNS regressaram hoje à greve – depois de uma paralisação inédita em outubro e novembro do ano passado, que teve uma adesão de 90% – no primeiro de três dias intercalados e em modalidades diferentes.
Depois de uma reunião, em janeiro, com a tutela da Saúde considerada pelo sindicato uma “absoluta desilusão”, a estrutura sindical diz que houve outras reuniões entretanto, mas sublinha que em nenhuma houve avanços efetivos nas negociações, considerando que há “falta vontade política ao ministro da Saúde” para resolver a situação.
A valorização da profissão, com a consequente revisão e atualização das grelhas salariais face às habilitações académicas e profissionais dos farmacêuticos, a contagem integral do tempo de serviço no SNS para efeitos de promoção e progressão na carreira e a vinculação efetiva dos farmacêuticos a exercer nos serviços públicos com contratos precários são algumas das reivindicações.
Além disso, exigem a adequação do número de farmacêuticos no SNS às necessidades e complexidade das atividades farmacêuticas desenvolvidas, o reconhecimento e homologação dos títulos de especialista atribuídos pela Ordem dos Farmacêuticos e a definição e regulamentação de um “processo especial e transitório para regularização do acesso à especialidade/residência farmacêutica por parte dos farmacêuticos contratados após 01 de março de 2020”.
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