Região
Trezentos voluntários recriam época da romanização em Condeixa-a-Nova
Trezentos voluntários vão participar na terceira edição de “O vislumbre de um império”, programa inspirado na época da romanização que decorre em Condeixa-a-Nova de sábado a domingo.
“Por força do atual momento que vivemos, foi necessário ajustar a programação, concentrando-a em dois dias, sem perder a regularidade de um dos eventos mais marcantes e mediáticos do concelho”, afirmou hoje o presidente da Câmara Municipal, Nuno Moita da Costa, na conferência de imprensa em que foram apresentadas as atividades.
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Organizado pelo município, no distrito de Coimbra, com a colaboração de cerca de 15 coletividades e outras entidades locais, o evento “Condeixa – O vislumbre de um império” coincide parcialmente, no concelho, com o programa das Jornadas Europeias da Arqueologia que o Museu Monográfico de Conímbriga acolhe entre sexta-feira e domingo.
Nuno Moita, que em 2014 esteve na criação de “O vislumbre”, disse aos jornalistas, nos Paços do Concelho, que a iniciativa “faz parte da valorização do património de Condeixa”, designadamente do legado da presença romana no território, com destaque para o campo arqueológico de Conímbriga e o Museu Nacional adjacente, dirigido pelo arqueólogo Vítor Dias.
O autarca defendeu, mais uma vez, a importância de as duas instituições públicas – município e Museu de Conímbriga – conjugarem esforços na preservação e valorização dessa herança histórico-cultural, bem como para a candidatura à sua classificação pela UNESCO como Património da Humanidade.
“Queremos que a nossa candidatura seja considerada e todos fazemos por isso”, acentuou, explicando que “Condeixa – O vislumbre de um império” é uma “recriação histórica que faz parte dessa estratégia” promocional.
Vítor Dias, por sua vez, realçou que “a sensibilização política já existe” em Condeixa-a-Nova para esse mesmo fim, 61 anos depois da criação do Museu de Conímbriga, em 10 de junho de 1962.
“O Museu e o município de Condeixa são indissociáveis e acabam por fazer parte um do outro”, acrescentou.
Nuno Moita disse ainda que, devido a algumas restrições financeiras, em parte decorrentes da invasão da Ucrânia pela Rússia, a autarquia decidiu realizar “O vislumbre de um império” num formato mais reduzido, permitindo cortar 52 mil euros nas despesas, que baixaram de 132 mil euros, em 2022, para 80 mil euros, na edição deste ano.
Jogos, teatro, dança, música, visitas guiadas, um cortejo de recriação, gastronomia, artesanato, um espetáculo equestre e uma ceia romana são algumas das atividades do programa, em diferentes locais do concelho.
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