Região

Conímbriga perspetiva futuro da investigação e museologia no campo arqueológico

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 07-06-2023

A remodelação do Museu Monográfico de Conímbriga (MMC), em Condeixa-a-Nova, cujo projeto de arquitetura é apresentado no sábado, dia 10 de junho, vai facilitar no futuro a investigação do campo arqueológico, disse hoje o diretor.

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“A relevância deste projeto, num museu em que a reserva se encontra repleta, é fundamental para perspetivar o futuro da investigação e da museologia do campo arqueológico de Conímbriga”, adiantou Vítor Dias à agência Lusa.

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O responsável falava a propósito do programa comemorativo do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, 10 de junho, que inclui a apresentação do Projeto de Arquitetura, Ampliação e Remodelação do Museu Nacional (MMC), desenvolvido no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que decorrerá na antiga cidade romana, contando com a presença da secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro.

“Conímbriga é mais do que um museu. Tem uma relação singular com o território, através da cultura material (aqueduto e muralhas romanas), numa vasta área entre Alcabideque (local de captação de água que abastece a cidade antiga) e o denominado bico da muralha, em pleno planalto em zona não visitável”, sublinhou.

O programa, segundo Vítor Dias, assinala também os 61 anos do Museu de Conímbriga, no concelho de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, inaugurado em 10 de junho de 1962.

De acordo com a “memória descritiva”, a que a Lusa teve hoje acesso, o “projeto geral e de arquitetura” para ampliação e remodelação “estrutura o MMC através da consolidação da sua imagem, de densificação da implantação e do reforço do caráter dos espaços, respondendo a novas exigências programáticas e funcionais centradas na diversidade de utilizadores e reforço da missão científica da instituição”.

A intervenção abrange áreas tão distintas como os “espaços exteriores de acolhimento de visitantes e acesso ao sítio arqueológico” ou os “espaços interiores de acolhimento”, incluindo o auditório e os espaços de exposição temporária e permanente.

Estão igualmente contemplados, entre outros, os “espaços de formação e consulta dos acervos”, bibliográficos e arqueológicos, bem como a “estruturação das áreas internas de serviços técnicos, incluindo a significativa ampliação das áreas de reserva e arquivo, a reformulação das áreas laboratoriais, a criação de novas áreas de restauro de mosaico e a requalificação dos espaços de gabinete para técnicos e investigadores”.

Além do projeto de ampliação e remodelação, o MMC planeia avançar, nos próximos anos, com importantes obras de “consolidação estrutural e drenagem da Palestra das Termas do Sul”, “conservação da cobertura da Casa dos Repuxos” e “beneficiação de passadiços e contentores metálicos”, com um investimento global do PRR inicialmente estimado em mais de cinco milhões de euros.

“A celebração do 61.º aniversário do Museu Nacional destaca a relação do museu e do campo arqueológico de Conímbriga com o território, afirmando as suas diversas potencialidades patrimoniais, ambientais, geológicas, paisagísticas, geográficas e formativas”, declarou Vítor Dias.

Para o diretor do MNC, “o campo arqueológico em progresso precede a criação do museu e é por excelência um local de investigação e produção de conhecimento que faz de Conímbriga um extraordinário sítio onde o património de investigação se funde com o património monumental”.

“O principal legado de Conímbriga está no campo arqueológico e precisamente na área ainda não investigada”, realçou.

Na sua opinião, “o que ainda não se vê encerra um potencial exponencial para as novas gerações”.

“O espólio da reserva permite colaborações mensais com diversos investigadores de diversas nacionalidades. O campo arqueológico permite formar gerações de arqueólogos”, defendeu Vítor Dias.

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