Região
Greve na cerâmica Dominó em Condeixa com adesão acima dos 60%
Os trabalhadores da cerâmica Dominó, em Condeixa-a-Nova, iniciaram hoje uma greve de três dias por melhores salários, “com uma adesão acima dos 60%”, anunciou o sindicato do setor.
“O essencial desta luta tem em conta que os trabalhadores são todos tabelados pelo salário mínimo, com aumentos salariais de miséria”, disse à agência Lusa Luís Almeida, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimentos, Construção, Madeiras, Mármores e Similares da Região Centro.
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Na Dominó – Indústrias Cerâmicas, que produz pavimentos destinados sobretudo ao mercado externo, trabalham cerca de 150 pessoas, incluindo “algumas dezenas de precários”, adiantou.
“Começa a ser demais. Tiveram este ano 15 euros de aumento e umas migalhas no subsídio de alimentação, não tendo sido atualizado o subsídio de turno”, afirmou Luís Almeida, que integra um grupo de dirigentes sindicais e trabalhadores que estão concentrados à entrada da empresa desde as primeiras horas da manhã.
Segundo o pré-aviso remetido pelo sindicato, filiado na CGTP, à entidade patronal e demais organismos competentes, os trabalhadores da Dominó decidiram realizar uma greve de três dias: hoje, quarta-feira e sexta-feira, sempre das 00:00 às 24:00.
O objetivo da luta é “demonstrar a sua indignação e dar força à reivindicação por aumentos salariais dignos”.
“Os trabalhadores desta empresa consideram que cumprem as tarefas que lhes são distribuídas com elevado zelo e profissionalismo. Este empenho e dedicação não está a ser correspondido por parte da administração (…), que pratica aumentos salariais insuficientes”, face ao custo de vida, lê-se no pré-aviso de greve, emitido no dia 29 de maio.
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