Saúde
Cinco mitos sobre pedras nos rins
Os cálculos renais, popularmente conhecidos como pedras nos rins, são extremamente comuns e podem afetar até 1 em cada 10 adultos.
Trata-se da formação de cristais nos rins, que se manifestam através de pequenas pedrinhas no aparelho urinário (rins, ureteres, bexiga e uretra).
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Estes cálculos podem ser pequenos e passar despercebidos ou grandes o suficiente para causar dor e desconforto intensos, a chamada crise renal.
Justamente por serem tão frequentes e afetarem quase 10% da população, existem muitos mitos sobre o assunto, e é importante estar bem informado para evitar erros e saber como prevenir ou tratar esta condição.
Tamara Cunha, médica nefrologista pela Universidade Federal de São Paulo e especialista em prevenção de cálculos renais esclarece os mitos mais comuns:
1. Consumo excessivo de cálcio: É um mito que o consumo de cálcio aumenta o risco de formação. “Na verdade, hoje sabemos que o cálcio proveniente da alimentação é um potencial aliado no tratamento dos cálculos de oxalato de cálcio e que estratégias de restrição da ingestão de cálcio podem piorar tanto as formações quanto a saúde dos nossos ossos”, explica a médica.
2. Beber água: A hidratação é um dos pilares básicos no processo de prevenção de cálculos renais. No entanto, beber água em excesso não é benéfico para desfazer ou diluir cálculo renal. É importante beber quantidades suficientes de líquidos para manter a urina diluída e esta quantidade é melhor ajustada de acordo com o peso de cada um. “Uma regra simples que ajuda adultos é calcular a ingestão de líquidos necessária por dia multiplicando 30mL para cada kg de peso. Por esta regra, um indivíduo adulto, sem outros problemas de saúde que indiquem limitar a quantidade de líquidos, devem ingerir 2100mL de líquidos ao longo do dia (30×70=2100mL)”, como consta no artigo do Notícias ao Minuto.
3. Histórico familiar: Qualquer pessoa pode desenvolver pedras nos rins. Sabe-se que a maior parte das pessoas que desenvolve cálculos renais apresenta tanto fatores genéticos quanto ambientais – sendo os principais o sedentarismo e uma dieta desequilibrada.
4. Causam dor nas costas: Podem ocorrer outras manifestações como dor ao urinar, micção frequente ou urgente, náusea e vômito, dor abdominal, sangue na urina e febre. Dependendo do tamanho e localização do cálculo, os sintomas podem variar.
5. Tomar chá durante a crise renal: Algumas pedras podem ser grandes demais ou obstruir o trato urinário, sendo urgente a avaliação em ambiente hospitalar. Em alguns casos, pode ser necessário tratamento médico para eliminar os cálculos renais, seja através de medicamentos ou procedimentos urológicos.
A médica ainda reforça que é importante estar informado sobre os fatores de risco, sintomas e opções de tratamento para prevenir ou tratar o cálculo renal de maneira adequada.
Além disso, é importante que todos saibam que cálculos renais são diferentes entre si e, portanto, os fatores que estão levando a formação de cálculos de uma pessoa podem ser completamente diferentes de outra. “Existem formas eficientes de prevenir este problema, mas somente uma avaliação individualizada pode ser capaz de estabelecer o tratamento específico e mais eficaz em cada situação”, finaliza a nefrologista.
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