Crimes
O misterioso “nós” que surge durante a confissão de homicídio de Rosa Grilo
Rosa Grilo esteve, na terça-feira, 30 de maio, como testemunha no julgamento da sua ex-advogada, Tânia Reis, e do perito forense, João de Sousa, que estão acusados de favorecimento pessoal e são suspeitos de plantarem provas no caso da morte do triatleta Luís Grilo.
Mas eis que o inesperado acontece, e, sem nada o prever, eis que a viúva confessou ter matado o marido. “Menti, a arma era aquela”, disse Rosa Grilo, que começou por reconhecer que não disse a verdade no julgamento da morte do triatleta.
Depois, detalhou que fez quatro disparos com a arma do crime, como se pode ler na notícia da CNN Portugal. Testou a pistola na garagem, voltou a apertar o gatilho na banheira e, por fim, “os outros dois disparos foram sobre o marido. Um na cabeça, o outro terá ficado no colchão. Ele estava a dormir profundamente, na noite anterior porque tinha acontecido algo muito desagradável”, explica a viúva.
“O Luís estava de costas para nós”, contou Rosa Grilo que de imediato foi questionada pela juíza: “Quem é que somos nós?”. A mulher corrigiu: “Eu não disse nós”. Rosa terá tido como cúmplice o então amante António Joaquim, que foi, como ela, condenado a 25 anos de prisão pela morte do triatleta.
A mulher continuou a explicar o crime e porque Luís Grilo dormia tão “profundamente”: “Meti-lhe meia dúzia de calmantes na comida.”
A condenada prosseguiu para um relato detalhado de como se livrou do corpo de Luís Grilo. Primeiro, descreveu que lavou a arma do crime e, em seguida, a passou por água oxigenada. “Tive de levar o Luís para a garagem, embrulhei-o nos lençóis e arrastei-o. Tapei o corpo do Luís com lenha.”
Para “construir a história”, Rosa contou que foi “à GNR dizer que ele [o triatleta] tinha desaparecido”.
Recordou ainda que, no dia em que a PJ foi pela primeira vez à casa em que vivia com o companheiro, recebeu os inspetores “com a caixa de munições no bolso do roupão”. Sem explicar como, Rosa detalhou que conseguiu esconder as munições no sofá. De seguida, terá pedido à sua antiga advogada e arguida neste processo, Tânia Reis, para fazer desaparecer a caixa de munições, mas foi o pai que acabou por se desfazer delas. “Ele deitou-as na barragem do Maranhão”, concluiu.
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