Escolas

Da Mealhada para África: Associação humitária Gongô apresenta projeto de requalificação de escola santomense

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 12-05-2023

A ideia de criar a Associação Humanitária Gongô, que no dialeto santomense significa “amar”, nasceu em São Tomé e Príncipe, durante uma missão humanitária, em 2019. Um grupo de amigos, maioritariamente residentes no concelho da Mealhada, germinaram a ideia ainda em solo africano, e desde que chegaram têm estado a trabalhar na criação desta associação humanitária.

Todo o processo burocrático e uma pandemia pelo meio, foram arrastando a ideia, que viu a luz do dia recentemente, e terá a sua apresentação oficial, na próxima sexta-feira, dia 12 de maio, às 19h, na destilaria do antigo Instituto do Vinho e da Vinha, na Mealhada.

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“Em 2019, alguns de nós embarcaram numa missão humanitária para São Tomé e Príncipe, e foi lá que a semente germinou. Percebermos o quanto falta do tanto que temos e que realmente nascemos do lado certo do mundo. Uma sorte que nem todos tiveram”, refere a presidente da recente associação, Paula Gradim.

Esta associação humanitária, que agora nasce na Mealhada, foca-se na ajuda aos PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa – e na criação de missões humanitárias nestas geografias, não descurando as necessidades que surjam dentro de portas, sobretudo no concelho da Mealhada, e ainda no apoio a estudantes que cheguem precisamente dos PALOP. Paula Gradim assinala que, transversalmente, o objetivo da Gongô consiste em “ajudar os mais desfavorecidos na busca pela satisfação das suas necessidades básicas essenciais, como alimentação, saúde, educação e segurança, promovendo acima de tudo a dignidade da pessoa humana”.

Nesta fase inicial, a Gongô tem traçado o primeiro projeto de intervenção internacional, que consiste na reabilitação estrutural de uma pequena escola primária da comunidade de Águas Belas (São Tomé e Príncipe) perto de Bombaim, localizada no interior da ilha e totalmente fora de roteiro turístico. Aqui escasseia tudo: luz, higiene, água potável, material escolar, ou seja, faltam condições dignas para que as crianças possam simplesmente sentir-se bem e seguras na escola, para que tenham condições para aprender e ganhar as suas ferramentas pessoais para vida.

Além dos cinco voluntários que estiveram na missão humanitária “Abraçar o Mundo” 2019, em São Tomé e Príncipe (Paula Gradim, Cristiana Midões, Suzana Soares, Miguel Midões e Filipa Pereira), o corpo social desta associação sem fins lucrativos é composto inteiramente por voluntários da região de Coimbra.

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