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Ciclone obriga à retirada de 15 mil pessoas de casa em Myanmar

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 12-05-2023

Cerca de 15 mil habitantes da costa oeste de Myanmar (antiga Birmânia) foram retirados das suas casas antes da chegada do ciclone Mocha, prevista para domingo, com ventos sustentados de 160 quilómetros horários, informaram hoje ‘media’ locais.

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Na região de Ayeyarwady, a oeste da antiga capital de Myanmar, Rangum, cerca de dez mil pessoas refugiaram-se em mosteiros budistas e noutros edifícios religiosos. O número de pessoas que procura abrigo nestes locais aumenta diariamente, disse a televisão Democratic Voice of Burma.

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Outras cinco mil pessoas foram retiradas das zonas costeiras do estado ocidental de Rakhine, que faz fronteira com o Bangladesh.

Os serviços de bombeiros e outras equipas de emergência estão a ultimar os preparativos para o caso de ser necessário reagir a esta potencial catástrofe natural, escreveu hoje o jornal pró-governamental The Global New Light of Myanmar.

De acordo com a agência meteorológica birmanesa, o ciclone Mocha vai atingir a costa no domingo de manhã, entre a cidade bengali de Cox’s Bazar, onde vivem cerca de um milhão de refugiados rohingya de Myanmar, num dos maiores campos de refugiados do mundo, e a cidade birmanesa de Kyaukphyu, em Rakhine.

O Sistema Global de Alerta e Coordenação de Desastres (GDACS, na sigla inglesa), criado em 2004 em cooperação entre as Nações Unidas e a Comissão Europeia, declarou na quinta-feira alerta vermelho – o mais elevado – para este ciclone de categoria 3 (de um máximo de 5), que pode atingir rajadas de vento de até 204 quilómetros por hora.

Segundo a agência, o fenómeno natural vai provocar fortes chuvas e afetar cerca de 2,2 milhões de pessoas nos dois países.

O Mocha aproxima-se de Myanmar, numa altura em que se assinala o 15º aniversário do ciclone Nargis, o pior desastre natural da história do país, que matou mais de 130 mil pessoas em maio de 2008.

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