Desporto

Pilotos do Rally de Portugal vão privilegiar os pneus macios

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 11-05-2023

Os pilotos presentes na 56.ª edição do Rali de Portugal, que vai para a estrada na sexta-feira, vão privilegiar os pneus macios, disse hoje à agência Lusa o italiano Terêncio Testone, responsável do fabricante Pirelli.

“Temos dois tipos de pneus disponíveis, macios e duros. Os macios devem ser as principais escolhas”, revelou Terêncio Testone.

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Para cada uma das 13 provas do campeonato do mundo de ralis, a Pirelli aloca “entre 200 e 250 pneus para os pilotos de Rally 1”, a categoria principal do WRC.

Desta forma, cada concorrente tem à sua disposição 40 pneus, entre duros e macios.

“Nas primeiras passagens, com o tempo seco, os pilotos devem usar pneus macios. Amanhã (sexta-feira) e sábado, nas segundas passagens, devem optar pelos pneus duros. Dependerá de como as pistas estiverem”, frisou o italiano da Pirelli, acrescentando que, no domingo, como “o piso de Fafe é suave, devem usar pneus macios”.

No total, os pilotos “deverão usar mais pneus macios do que duros, até porque não está muito calor, o que torna as condições perfeitas para os macios”.

“Como podem trocar quatro pneus de cada vez, têm muitas opções à disposição. Na segunda passagem de amanhã devem usar pneus duros, de certeza, e macios como suplentes. No domingo, vão manter sempre os macios”, frisou.

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Na sexta-feira é quando se esperam os pisos mais duros e abrasivos, sobretudo na secção da tarde, pelo que as estratégias não deverão variar muito entre pilotos.

“Na sexta, o mais importante é ser rápido para ter uma boa posição na estrada no sábado e no domingo”, apontou Terêncio Testone, admitindo que “para o primeiro na estrada será complicado”, devido à natural falta de aderência provocada pela gravilha mais solta. Daí que lhe caiba a função de ‘limpar a estrada’ para os pilotos que o precedem.

No caso do Rali de Portugal, essa tarefa de ‘varredor’ cabe ao galês Elfyn Evans (Toyota Yaris), líder do campeonato, com 69 pontos, os mesmos do francês Sébastien Ogier (Toyota Yaris), que não participa na prova lusa, e mais um do que o finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris), vencedor em 2022.

Terencio Testone adianta, ainda, que a Pirelli “não parou o desenvolvimento dos pneus”, até porque as exigências são cada vez maiores.

“Não parámos o desenvolvimento dos pneus. Uma das razões por que a Pirelli decidiu estar no WRC foi para desenvolver nova tecnologia. Por isso, nunca parámos o desenvolvimento e temos algumas melhorias nos pneus”, frisou.

O italiano frisa que “os carros também estão cada vez mais rápidos e, por isso, precisam de pneus mais robustos”.

“São sujeitos a cada vez mais forças, pelo que têm de ser cada vez mais fortes”, apontou.

A 56.ª edição do Rali de Portugal, quinta ronda do campeonato do mundo da especialidade (WRC), tem a sua partida simbólica esta noite, em Coimbra, com os pilotos a saírem para a estrada na sexta-feira, com oito troços cronometrados com um total de 120,59 quilómetros, disputados na região centro do país.

Esta primeira etapa estabelece, também, a classificação para o Campeonato de Portugal de Ralis.

A partir de sábado, a caravana ruma a norte, onde a prova termina no domingo, com a especial de Fafe.

No total, vão ser disputados 329,06 quilómetros cronometrados, por entre um total de 1.636,25 quilómetros no centro e norte do país, ao longo de 19 classificativas.

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