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Robôs e drones ajudam a prevenir incêndios florestais

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 09-05-2023

A Ingeniarius, em colaboração com a SILVAPOR e as instituições de investigação ADAI (Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial), ISR (Instituto de Sistemas e Robótica) da Universidade de Coimbra e a Universidade Americana Carnegie Mellon (CMU), lidera o consórcio de investigação que apresentou, no dia 4 de Maio, os resultados do projeto Safeforest. O projeto de três anos, desenvolvido no âmbito do  Programa CMU Portugal, tem como principal objetivo a prevenção de incêndios florestais através da utilização de plataformas terrestres (robôs) e aéreas (drones) semi-autónomas.

Em 2022, a Europa enfrentou o segundo pior ano em termos de área ardida e número de incêndios florestais desde 2006, tendo Portugal alcançado o terceiro pior registo da União Europeia, de acordo com dados da Comissão Europeia. Segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), registaram-se 2.454 incêndios rurais que provocaram 7.604 hectares, o equivalente a três quartos da superfície do concelho de Lisboa.

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De forma a contribuir para a redução destes números e ultrapassar as falhas dos sistemas existentes, o consórcio do projeto Safeforest desenvolveu um sistema robótico que permite o mapeamento das áreas florestais e a implementação de missões de limpeza dos terrenos florestais, de forma a reduzir o risco de incêndios florestais e dos custos associados aos mesmos. De acordo com Micael Couceiro, CEO da empresa promotora do projeto “As plataformas terrestres e aéreas semi-autónomas desenvolvidas no âmbito do projeto possuem o potencial necessário para realizar missões de limpeza de terreno de forma mais rápida e precisa, em comparação com os métodos tradicionais. Estes robôs encontram-se dotados de software para localização, mapeamento e operação no terreno, integrados numa plataforma para a gestão e visualização dos dados extraídos, de forma a planificar eficazmente as missões de limpeza.”

Graças à utilização destes robôs móveis, é possível remover a vegetação redundante de forma eficiente e segura, reduzindo o risco de incêndios florestais. Além destas mais-valias, os sistemas de navegação autónoma desenvolvidos dotam os robôs terrestres da capacidade de navegar semi-autonomamente, o que contribui para: (i) a redução do risco para os operadores humanos; (ii) a redução do impacto ambiental da limpeza de terreno reduzindo, por exemplo, a utilização de herbicidas; e (iii) a melhoria da capacidade de adaptação a diferentes tipos de terreno e condições climáticas. 

De acordo com Micael Couceiro, “embora tenham sido alcançados resultados significativos no projeto Safeforest, ainda há muito a ser feito para que a solução seja comercialmente viável. Em particular, é preciso melhorar o acoplamento entre a percepção e a ação dos robôs, para que eles possam operar com maior eficácia em ambientes complexos e dinâmicos, como os encontrados em florestas.” 

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