Portugal

Tudo começou com “um molho de folhas”. Incêndio teve prejuízo de 4 milhões de euros

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 11-04-2023

Um homem confessou hoje ter ateado um incêndio em Oliveira de Azeméis, distrito de Aveiro, que causou um prejuízo de quatro milhões de euros, mas negou a autoria de outros quatro fogos de que também é acusado.

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“O incêndio do dia 13 fui eu, os outros não”, afirmou o arguido, de 39 anos, que começou hoje de manhã a ser julgado no Tribunal de Santa Maria da Feira, num processo em que responde por cinco crimes de incêndio florestal ocorridos em julho de 2022.

O incêndio que o arguido diz ter ateado, no dia 13 de julho de 2022, começou em Oliveira de Azeméis e alastrou aos concelhos de Estarreja e Albergaria, tendo consumido mais de 2.800 hectares e causado prejuízos superiores a quatro milhões de euros.

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Perante o coletivo de juízes, o arguido explicou que fez “um molho de folhas” e ateou o fogo com um isqueiro. “Só ateei uma vez e estou arrependido por isso”, afirmou.

O incêndio que deflagrou cerca das 13:00 no dia 13 de julho, no lugar da Senhora da Ribeira, na freguesia de Pinheiro da Bemposta, em Oliveira de Azeméis, chegou a ser combatido por mais de 450 operacionais, com a ajuda de vários meios aéreos, tendo sido dado como dominado pelas 20:00 de 14 de julho.

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Quatro dias depois, o arguido foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) com a colaboração do Grupo de Trabalho para a Redução de Ignições em Espaço Rural — Zona Norte.

Na altura, a PJ referiu que o incêndio ocorrido no dia 13 teria sido provocado com recurso a rastilhos efetuados pelo autor, em locais de grandes manchas florestais, colocando ainda em perigo aglomerados populacionais e várias infraestruturas, tendo consumido uma área considerável de cerca de 2.500 hectares.

O fogo destruiu uma “pequena serralharia familiar”, uma empresa de ‘pellets’, bem como o respetivo ‘stock’, e uma casa devoluta.

As autoestradas A1, A29, A25 e o Itinerário Complementar 2 (IC2) chegaram a estar cortadas durante várias horas.

Além deste incêndio, o arguido está acusado da autoria de outros quatro incêndios de menor dimensão, ocorridos no mesmo mês, também no concelho de Oliveira de Azeméis.

 

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