Economia
Turismo do Centro prevê “consolidação de crescimento” de turistas este ano
O presidente da Entidade Regional Turismo do Centro, Pedro Machado, admitiu hoje que este ano poderá ficar marcado pela “consolidação de crescimento” de turistas, apesar da inflação e da conjuntura internacional.
“A inflação, o custo de vida, somado com uma pandemia e somado com uma crise internacional do ponto de vista da geopolítica, não são boas notícias. No entanto, temos alguns indicadores hoje que nos fazem antever um 2023 com consolidação de crescimento”, disse Pedro Machado.
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O presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, que falava aos jornalistas na Covilhã, no distrito de Castelo Branco, na conferência de imprensa de apresentação do programa, do 9.º Fórum de Turismo Interno “Vê Portugal”, que vai decorrer de 29 a 31 de maio, deu o exemplo do golfe.
“No golfe, existem indicadores de reservas em janeiro e fevereiro de 2023 superiores à média das reservas de 2022 e de 2019. Uma das razões, seguramente, para os praticantes desta atividade e para os amantes, para os consumidores deste produto, estamos a falar essencialmente de jogadores do centro, do norte da Europa, que fogem ao perímetro da guerra, e que ficavam normalmente na Polónia e noutros destinos, e escolhem Portugal”, justificou.
Por outro lado, referiu que, do ponto de vista do comportamento do mercado interno, apesar de muitos portugueses em 2023 quererem voltar a sair, porque não saíram em 2022 e 2021, haverá compensação com alguns mercados como o Canadá, o Brasil e os Estados Unidos.
“Ainda assim, é a nossa missão, por isso é que temos um departamento que faz a estruturação de produto, alargarmos cada vez mais o leque da oferta estruturada de produto para podermos continuar a captar e a fixar cá os nossos turistas”, rematou.
Na sua intervenção, Pedro Machado destacou a importância do mercado interno de turismo e lembrou que em 2022 o Centro de Portugal registou 4,409 milhões de dormidas de residentes e 2,710 milhões de dormidas de não residentes.
Também apontou que foi o mercado interno que em 2020 e 2021 “permitiu almofadar aquilo que foram os impactos diretos e indiretos de uma pandemia que ninguém previu, mas onde o mercado interno respondeu de forma particularmente positiva”.
Na sua opinião, a marca Portugal e as regiões ainda têm um caminho a percorrer “na ligação àquele que é o seu primeiro mercado emissor, que é o mercado espanhol, ao qual normalmente se chama mercado interno alargado”.
Pedro Machado defendeu a necessidade de Portugal rever o seu posicionamento relativamente ao mercado espanhol, indicando que a denominada “placa da Península Ibérica” representa hoje um mercado de “200 milhões de possíveis consumidores”.
Portugal, que se posiciona em 25 mercados internacionais, deve “rever” e “redobrar” a sua atenção “para este mercado que aqui está disponível”, defendeu.
A este propósito, referiu que a cooperação transfronteiriça iniciada pela Entidade Regional Turismo do Centro em 2017 com a Estremadura e em 2019 com Castela e Leão é para continuar e reforçar.
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