Desporto
Pedro Pichardo e Patrícia Mamona iniciam época nos Nacionais de Clubes em pista coberta em Pombal
O arranque de época dos triplistas medalhados olímpicos Pedro Pichardo e Patrícia Mamona deverá ser o ponto de maior interesse dos Nacionais de Clubes de atletismo em pista coberta, este fim de semana, em Pombal.
Coletivamente, é quase certo que Sporting, em femininos, e Benfica, em masculinos, renovem os títulos de 2022, tendência que já se viu há duas semanas, na fase de apuramento (que define os clubes que competem nas 1.ª e 2.ª divisões), amplamente dominado por ‘leoas’ e ‘águias’, face aos rivais.
Dos atletas de topo, também é esperada a presença da lançadora de peso Auriol Dongmo, mas essa já mostrou créditos este ano, tanto em ‘meetings’ pela Europa como na fase de apuramento para estes Nacionais, a ponto de aparecer como segunda melhor continental na época, até ao momento.
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Pichardo, do Benfica, ainda não tem registos em 2023, depois da impressionante série de sucessos em 2021 e 2022, entre os quais sobressaem os títulos olímpico e mundial. Em Pombal, não terá opositor próximo do seu valor e sem esforço os ‘encarnados’ vão somar oito pontos.
Oleks Lyashchenko, do Jardim da Serra, foi o melhor na fase de apuramento, com 14,90 metros, o que é muitíssimo acessível para o luso-cubano, que vale em circunstâncias normais mais de 17 metros.
Patrícia Mamona, do Sporting, também ainda não saltou em 2023 e terá a tarefa muito mais contestada, se a opção do Benfica for a são-tomense Agate Sousa, que no apuramento fez bons 13,79 metros, ela que, antes do mais, é uma saltadora em comprimento de nível mundial.
Agate Sousa é a grande aposta do Benfica para os saltos horizontais, podendo bater a sportinguista Evelise Veiga no comprimento, atleta que está praticamente garantida nos Europeus ‘indoor’ de Istambul.
Uma aposta mais fácil de ter sucesso é a da vitória no lançamento do peso. A atual campeã mundial em pista coberta só muito raramente é derrotada a nível nacional, e quando isso aconteceu foi para a sua colega no Sporting Jessica Inchude. A benfiquista Eliana Bandeira é a terceira nacional, esta época, a grande distância.
Na velocidade pura, os 60 metros, o Benfica tem uma das poucas oportunidades de ganhar em femininos, já que Arialis Gandulla está em muito melhor forma do que as possíveis rivais, Rosalina Santos ou Lorène Bazolo. Tanto Bazolo como Gandulla já fizeram mínimos para os Europeus, de que Rosalina ainda está longe.
Em masculinos, o Sporting tem Carlos Nascimento, sem grandes chances se o Benfica recorrer ao cubano Reynier Mena.
No meio-fundo, o Benfica terá Dulce Félix ou Marta Pen como melhores opções para ‘travar’ as sportinguistas Fancy Cherono ou Aimee Pratt, nos 3.000 metros. E nos 1.500 metros, Salomé Afonso, do Sporting, poderá ter boa réplica da benfiquista Camila Gomes, que deverá dobrar a distância com os 800 metros.
Apesar de ter desistido em Boston, Isaac Nader, do Benfica, deve ser mais forte que os opositores do Sporting e Sporting de Braga, em princípio Nuno Pereira e Paulo Rosário.
No lançamento do peso masculino, Francisco Belo, do Benfica, ganhou no apuramento, mas agora o Sporting pode avançar com um de dois adversários fortíssimos – ou o ucraniano Roman Kokoshko, ou o barenita Abdelrahman Mahmoud, ambos bem acima dos 20 metros.
Destaque ainda para a capitã do Sporting, Cátia Azevedo, quatrocentista, que, mesmo longe da melhor forma, deve assegurar os oito pontos para as ‘leoas’
Se o Sporting vencer em femininos, carimba o seu 28.º título, 13.º consecutivo. Do lado masculino, o panorama recente é ‘reverso’, com 11 títulos seguidos para os ‘encarnados’.
Desde que há campeonatos, em 1994, apenas por uma vez o título não ‘sorriu’ a um dos ‘grandes’ de Lisboa – foi em 2010, com o FC Porto em femininos.
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