Coimbra

Victor Baptista quer eleições para todos os órgãos da Federação de Coimbra do PS

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 08-02-2023

O ex-deputado Victor Baptista reiterou hoje a decisão de disputar a liderança da Federação de Coimbra do PS, defendendo que a eleição deve abranger os diferentes órgãos distritais do partido e não apenas a presidência.

“Assumo ser candidato de novo a presidente da Federação, desde que haja eleições para todos os órgãos como assim exigem os estatutos do PS”, disse Victor Baptista à agência Lusa.

Em janeiro, o autarca de Condeixa-a-Nova Nuno Moita, que em novembro tinha sido reeleito líder do partido no distrito de Coimbra, demitiu-se do cargo.

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“Aqueles que pretendem realizar eleições anti-estatutárias só para presidente da Federação e sem uma moção de orientação política, pelos vistos querem um presidente a funcionar com uma Comissão Política, um Secretariado e demais órgãos eleitos no quadro da eleição do anterior presidente”, criticou.

Esses camaradas “pretendem ter como presidente da Federação uma espécie de faz de conta”, acusou Victor Baptista, que no passado liderou o PS distrital durante vários anos.

O economista disse ter recebido uma convocatória, assinada pelo presidente da mesa da Federação, o deputado Pedro Coimbra, para uma reunião da Comissão Política, na sexta-feira, às 21:00, cuja ordem de trabalhos inclui a formação de uma comissão eleitoral.

“Surpreende-me não terem falado comigo. Pelas informações que vamos tendo, pretendem apenas e só realizar eleições para o presidente da Federação”, afirmou.

Para Victor Baptista, a ser assim, “estamos perante um incumprimento estatutário”, num momento em que o PS enfrenta “problemas externos que aconselhariam a dispensar” conflitos internos.

“Terá de haver um congresso extraordinário e para tal é necessário eleger delegados ao congresso”, ao qual cabe discutir e aprovar uma moção de estratégia, preconizou.

O antigo governador civil de Coimbra realçou que, no distrito, os socialistas “estão perante uma situação de realizarem eleições em março deste ano e de novo em março de 2024”.

Recordou que, em 2002, “perante uma situação desta natureza”, quando o então líder distrital, Luís Parreirão, se demitiu do cargo, “a Federação foi gerida por uma comissão administrativa” até novas eleições.

“Pelos vistos, a Direção Nacional do PS está a fazer como Pilatos, quando me parece que a situação nacional aconselharia a uma sua intervenção nesta matéria”, defendeu.

No dia 11 de janeiro, Nuno Moita demitiu-se da liderança distrital de Coimbra do PS, justificando a decisão com o propósito de “proteger, defender e salvaguardar a imagem do partido”, uma semana após ter sido condenado a quatro anos de prisão, com a execução da pena suspensa, por participação económica em negócio quando desempenhava um anterior cargo público.

João Portugal, opositor de Nuno Moita na primeira eleição deste para a Federação, integrou em novembro uma candidatura conjunta com o ex-adversário, tendo assumido o lugar de vice-presidente da Federação.

Entretanto, ainda em janeiro, o antigo deputado João Portugal foi o segundo militante, depois de Victor Baptista, a anunciar que disputará a eleição do líder federativo.

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