Câmaras
Independentes consideram que a Democracia em Góis está doente
O movimento cívico Independentes por Góis (IPG), considera que “é um imperativo de consciência denunciar que a Democracia em Góis está doente”.
Em comunicado enviado a NDC, o IPG salienta que ao “comemorar mais esta efeméride, é nosso dever, principalmente para os titulares de cargos autárquicos reflectir sobre a actual vivência democrática, ou melhor a falta dela na nossa Terra”.
“Falar do 25 Abril é falar de democracia, liberdade, fraternidade, mas estes conceitos têm que ser efectivados todo o ano. Esta comemoração da Revolução de Abril de 1974 aqui em Góis é um ilogismo e para nós, Independentes por Góis, é um imperativo de consciência denunciar que a Democracia em Góis está doente”, acrescenta do movimento.
O IPG, que elegeu 2 dos 5 vereadores da Câmara Municipal de Góis vira-se para o poder local socialista para referir que a “Democracia não se compadece com sonegação de informação, com o afastar de algumas boas práticas e a implementação de outros procedimentos nada dignificantes”.
Os independentes adiantam que escolheram “propositadamente a data de hoje para informar os Goienses do porquê desta nossa indignação e nada melhor que fazer o resumo de alguns factos mais relevantes que sustentam a nossa conclusão”, considerando que “É exageradamente frequente a entrega dos documentos das reuniões da Câmara Municipal aos vereadores fora do prazo sem qualquer justificação. Foi solicitado pelos vereadores da oposição a cedência de um gabinete de trabalho, é um direito legal mas não consagrado em Góis. Hipocritamente foi atribuído um espaço exíguo onde estão já duas pessoas a trabalhar.As Actas das Reuniões da Câmara Municipal são deliberadamente censuradas omitindo intervenções dos vereadores da oposição. Apesar de o termos solicitado já no ano passado continua por elaborar, ou pelo menos publicitá-lo, o Relatório de Avaliação do grau de observância do respeito pelos direitos e garantias da oposição”.
Acusam ainda Presidente da Câmara, Lurdes Castanheira, de não prestar ” informações sobre as requisições emitidas bem como dos pagamentos efectuados pelo Município, informação esta que apenas foi prestada depois de efectuarmos uma queixa na Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos, posterior recurso à Justiça e por ordem do Tribunal.”
Afirmam que esta postura da líder do município se repete, pelo que não lhes resta “outra alternativa que não recorrer novamente ao Tribunal” e consideram “indesejável, mesmo reprovável, que em debates eminentemente políticos se responda com vis ataques pessoais”.
O IPG, invoca que, graças a Lurdes Castanheira, “nunca em Góis se viu semelhante autocracia e, por incrível que pareça tudo isto se passa com a complacência do Sr. Presidente da Assembleia Municipal. De nada vale comemorar o dia de hoje, enaltecer a Democracia esquecendo e negando esse pilar fundamental nos restantes dias do ano”.
São bacocas estas comemorações promovidas pelo Município de Góis porque o espírito do 25 de Abril de 1974, efectivamente só tem sentido com a participação de todas e de todos, mas tem, acima de tudo, de ser praticado todos os dias e não apenas no dia 25 de Abril de cada ano. Bem prega frei Tomás, faz o que ele diz e não o que ele faz…”, conclui o movimento liderado por Diamantino Garcia.
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