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Preço das casas em Coimbra subiu menos que a inflação
O furacão da inflação chegou em 2022, mexendo – e muito – com a dinâmica do mercado imobiliário. Os preços das casas à venda continuaram a escalar, nomeadamente, devido ao aumento dos custos da construção, mas sobretudo pela falta de oferta de imóveis residenciais no mercado para a alta procura. As casas para comprar ficaram 6,4% mais caras em dezembro de 2022 face ao mesmo mês do ano anterior, um salto inferior à subida da inflação registada nesse mês (9,6%), mas os preços das casas evoluíram de forma heterogénea pelos municípios e cidades do país, tal como mostram os dados do idealista. E contam-se mesmo 14 capitais de distrito que viram os preços das casas à venda a subir mais do que a inflação registada em dezembro de 2022. O mesmo se verificou em 20 das 24 cidades portuguesas com mais de 100 mil habitantes. Conheça a análise do Idealista.
As casas à venda em Portugal estão a encarecer desde o final de 2013, altura em que o país começou a recuperar do choque da crise financeira de 2008. E a verdade é que as casas continuaram a ficar mais caras ao longo dos anos, mesmo durante a pandemia e durante 2022, ano marcado pela guerra na Ucrânia e por várias mudanças no contexto económico, como:
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Neste contexto, comprar casa custava, em termos medianos, 2.475 euros por metro quadrado (euros/m2) no final de dezembro de 2022, segundo o índice de preços do idealista. Este é um valor 6,4% superior ao registado em dezembro de 2021. Por outro lado, as casas ficaram mais caras em 19 capitais de distrito em 2022. E em 14 cidades os preços das habitações à venda subiram mais do que a inflação registada em dezembro de 2022. Ou seja, mais do que 9,6%.
Quais são as capitais de distritos onde os preços subiram mais que a inflação?
Entre as 18 capitais de distrito de Portugal continental e as duas capitais das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, os preços das casas à venda subiram mais que a inflação de dezembro em 14 cidades.
Foi em Évora onde a subida foi mais expressiva (+37,5%), estando, portanto, 27,9 pontos percentuais (p.p.) acima da inflação. Logo a seguir está Ponta Delgada, onde as casas ficaram 36,4% mais caras entre dezembro de 2021 e o mesmo mês do ano passado. Ou seja, nesta cidade os preços subiram 26,8 p.p. mais do que a taxa de inflação registada no último mês do ano.
Houve ainda mais três capitais de distrito que registaram subidas dos preços das casas superiores a 20% estando, pelo menos, 10 p.p. acima da inflação: Funchal (25,9%), Santarém (21,2%) e Aveiro (20,3%), revelam os dados.
Por outro lado, contam-se cinco cidades em que os preços das casas subiram menos do que a inflação (9,6%) entre estes dois momentos. São eles: Porto (7,4%), Coimbra (7,2%), Guarda (6,6%), Castelo Branco (5,2%) e Lisboa (3,1%). Já Portalegre foi a única capital de distrito onde as casas para comprar ficaram mais baratas no final de 2022 face ao final de 2021.
Entre as capitais de distrito portuguesas, Lisboa (5.147 euros/m2), Porto (3.238 euros/m2) e Funchal (2.656 euros/m2) são as cidades mais caras para adquirir uma habitação. E Portalegre (669 euros/m2), Guarda (799 euros/m2) e Castelo Branco (810 euros/m2) são as cidades mais baratas para comprar casa.
Preços das casas subiram mais que a inflação em 20 dos 24 maiores municípios do país
No caso dos maiores municípios do país, a realidade é semelhante. Os preços das casas à venda subiram mais do que a inflação de dezembro (9,6%) em 20 dos 24 concelhos com mais de 100 mil habitantes, revelam os dados do idealista.
Funchal (25,9%), Matosinhos (21%), Seixal (20,5%) e Maia (19,7%) foram os concelhos com mais de 100 mil habitantes onde as casas para comprar ficaram mais caras entre dezembro de 2021 e dezembro de 2022. Estes aumentos são, pelo menos, 10 pontos percentuais acima da taxa da inflação registada no final do ano. Com uma diferença superior a 8 p.p. da inflação está ainda Oeiras, onde os preços das casas subiram 18,5%, Guimarães (18,2%), Leiria (18,2%) e Setúbal (17,9%).
Houve ainda três municípios onde os preços das casas subiram a um ritmo próximo ao da inflação de dezembro (cuja diferença entre os dois é inferior a 1 p.p.): Vila Nova de Gaia (10,2%), Amadora (10,0%) e Vila Franca de Xira (9,9%).
Observaram-se ainda quatro concelhos com mais de 100 mil habitantes onde, pelo contrário, os preços das casas para comprar subiram a um ritmo inferior ao da inflação de dezembro: Lisboa (3,1%), Loures (4,9%), Coimbra (7,2%) e Porto (7,4%).
Destes municípios é em Lisboa, Cascais e Oeiras onde se encontram as casas mais caras de todas para comprar, com preços superiores a 3.500 euros/m2. Já os municípios com mais de 100 mil habitantes com casas à venda a preços mais económicos é Santa Maria da Feira (1.216 euros/m2), Vila Nova de Famalicão (1.247 euros/m2) e Barcelos (1.256 euros/m2).
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