Política
Dois ministros envolvidos em denúncias sobre suspeitas de corrupção
Joaquim Morão é arguido no processo das buscas da Polícia Judiciária na Câmara Municipal de Lisboa. Surge agora uma nova denúncia onde dá conta de que o “ex-autarca de Idanha-a-Nova e, conhecido militante do PS, usava a avença que lhe tinha sido atribuída pela autarquia de Fernando Medina para angariar dinheiro para o Partido Socialista”, avança o Correio da Manhã.
Uma das acusações atinge Duarte Cordeiro, atual ministro do Ambiente, que era vice-presidente de Fernando Medina na autarquia de Lisboa, que “é apontado como o homem-forte do dinheiro do partido. A denúncia revela a proximidade de António Costa a Duarte Cordeiro e garante que Joaquim Morão angariaria dinheiro para o partido através de obras públicas e só reportava àquele governante”, lê-se na notícia.
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Fernando Medina esclarece ao Correio da Manhã que “o vice-presidente Duarte Cordeiro nunca teve responsabilidade sobre o pelouro das Obras Municipais, que estava na dependência do vereador Manuel Salgado. Neste sentido não teve participação na decisão de contratação nem na condução dos trabalhos de obras”.
Um outro facto denunciado foi o de que Joaquim Morão “tem dois funcionários da sua confiança no Ministério Público de Idanha-a-Nova, de onde são feitos acessos ilegítimos, para espiar as autoridades que investigam”, informa o jornal.
Segundo o CM, a investigação da PJ foi aberta em 2018, mas esteve quatro anos parada no Ministério Público. Os prazos foram sempre prorrogados com a alegada falta de meios. Só nos últimos dias de dezembro é que o processo foi ao juiz para serem emitidos os mandados de busca.
A investigação, no caso do contrato com a empresa de Joaquim Morão (para consultoria das obras de requalificação da cidade), dá conta de que os primeiros contactos foram feitos em 2015, ou seja, quando António Costa era ainda presidente da câmara.
O Correio da Manhã, contactou Duarte Cordeiro que explicou: “Parece-me evidente que há uma tentativa de me envolver neste tema”, adiantando que “o trabalho de Joaquim Morão em Lisboa não estava relacionado com as minhas competências, mas, naturalmente, poderei ter estado com ele enquanto desempenhou funções”.
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